Diante da repercussão negativa causada pela decisão da justiça de censurar jornais pernambucanos, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa (Alepe), Guilherme Uchôa (PDT), anunciou, ontem quarta-feira (04), a retirada da ação junto ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Uchôa é o mesmo já tão questionado pela quantidade de vezes em que assumiu a Presidência da Alepe, alterando inclusive Regimento Interno da Casa com apoio dos pares.
No último sábado (31), o político entrou com uma ação na justiça pedindo que o Jornal do Commercio, o Diario de Pernambuco e a TV Clube fossem impedidos de citar seu nome e o da sua filha, Giovana Uchoa, em um suposto esquema de tráfico de influência para adoção de uma criança, do qual a filha do deputado teria participado.
O caso repercutiu negativamente em todo o país, com vários órgãos prestando solidariedade aos meios de comunicação censurados pela decisão do juiz Sebastião de Siqueira Sousa, que acatou o pedido do parlamentar baseando-se no argumento de que a inclusão de seu nome pode causar danos à imagem pública do deputado.
Em seu pronunciamento, Uchoa agradeceu aos demais parlamentares por não terem comentado o caso durante as sessões. “Enfrento momento familiar difícil. Para proteger minha imagem, meu advogado, sem me consultar, entrou com a ação”, desabafou o deputado, lamentando ter tido sua imagem envolvida “indevidamente” em um caso de adoção de criança.
Apesar de garantir que não haveria envolvimento da sua filha, Giovana Uchoa, no suposto episódio de tráfico de influência para a adoção de uma criança no Grande Recife, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Guilherme Uchoa (PDT), sentenciou: “Se minha filha for culpada, que pague’, disse ao blog da Folha de Pernambuco.
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