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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

PT começa desconstrução da imagem de Eduardo Campos

O distanciamento entre os agora nem tão aliados PT e PSB está cada vez mais evidente. A sinalização cada vez mais clara da candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ratificada na semana passada com a entrega dos cargos que os socialistas ocupavam na administração federal, atiçou os brios do governo da presidente Dilma Rousseff (PT). A briga começou nesta quinta-feira (26) com um anúncio publicado nos três maiores jornais do Estado evidenciando a participação do Governo Federal nas obras estruturadoras e no desenvolvimento econômico pernambucano. O objetivo é claro: desconstruir a imagem de que a gestão socialista foi a principal responsável por fazer com que Pernambuco tenha indicadores econômicos acima da média nacional.

Para a executiva nacional do PT, o Estado de Pernambuco tem apenas uma participação na construção das obras do Pacto de Aceleração do Crescimento (PAC), mas que as iniciativas partiram de instâncias Federais. Entretanto, o ainda ministro Fernando Bezerra Coelho (PSB) – que deve deixar o cargo até este final de semana – mantém uma agenda de inaugurações sem consultar a agenda dos petistas e o governador Eduardo Campos é acusado de “esquecer” de mencionar o Governo Federal quando fala do desenvolvimento e das obras que já fez para Pernambuco. 
No anúncio, que tem como abertura a frase "O Governo Federal investe no desenvolvimento de Pernambuco", fica evidenciada a participação "verde-amarela" nos projetos de duplicação das BRs 101 e 408, nas obras dos corredores de ônibus no centro do Recife e da Avenida Caxangá , além da construção da Via Mangue e uma série de projetos e investimentos no Complexo Industrial e Portuário de Suape, com destaque para a implantação da Refinaria Abreu e Lima. Além disso, o Governo Federal também reivindica participação na Petroquímica Suape e nos estaleiros instalados no terminal. Os projetos em questão são alguns dos maiores em andamento no Estado. 

O secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, nega que a legenda socialista tenha tentado omitir a participação do Governo Federal no desenvolvimento de Pernambuco. “Nem Eduardo Campos e nenhum dos governadores do PSB nunca negara, a participação do governo nas obras. Isso (o anúncio) não tem maiores consequências, não altera substancialmente nada. Além do mais, a população não se engana com propaganda. Ajudamos o atual governo, somos parceiros do PT desde 1989. Oferecemos ao PT seis palanques nas últimas eleições, fora os que perdemos. Não somos fisiológicos. Queremos discutir o futuro do País e não o que passou. Não estamos de olho no retrovisor. Nos orgulhamos de nossa participação no governo e não temos porque esconder isso”, afirmou Siqueira.

A publicidade vem na esteira das cobranças feitas esta semana pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e pelo deputado federal João Paulo (PT-PE) que declararam que o PSB não dá os devidos créditos a ajuda recebida do Governo Federal para a realização das obras que impulsionaram o desenvolvimento estadual. Coincidência ou não, ao mesmo tempo o senador Armando Monteiro (PTB-PE), que, em diversas ocasiões, já afirmou que deverá seguir o partido no apoio á reeleição da presidente Dilma nas eleições de 2014, declarou, nesta quinta-feira, que o desenvolvimento do Estado de Pernambuco deve muito ao Governo Federal.

“Todos os investimentos mais estruturadores que ocorreram nas grandes plantas industriais e os novos setores econômicos que estão sendo implementados em Pernambuco são frutos de uma parceria com o Governo Federal”, declarou o senador, durante um almoço com executivos, no Recife. O petebista declarou ainda que é estranho não haver um reconhecimento claro desta participação federal nas obras do Estado.

Provável candidato ao Governo de Pernambuco em 2014, Armando sempre esperou o apoio de Eduardo Campos na empreitada, já que o PTB integra a base da gestão do PSB em Pernambuco, inclusive ocupando cargos na administração estadual. Ao tornarem-se públicas as intenções do governador em lançar, no próximo ano, um candidato do próprio partido para sucedê-lo no Palácio do Campo das Princesas, membros do PTB acusaram os socialistas de “quererem todos os cargos, sem se importar com a base aliada”.

A partir daí, Armando então começou a se movimentar em direção a uma separação do PTB com o PSB em instância estadual e ensaiar uma aliança com o Partido dos Trabalhadores, adotando uma estratégia bastante semelhante a de Eduardo Campos, quando começou a criticar amigavelmente diversos pontos do governo Dilma para ganhar musculatura como uma alternativa viável de poder.

Até as atitudes são parecidas: Durante 2013, Eduardo se movimentou por todo o país, apresentando suas propostas e deixando seu nome mais conhecido principalmente nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Um dos maiores focos do governador foram os executivos, com os quais se encontrou diversas vezes, criticando sempre o governo de Dilma Rousseff (PT). Agora, Armando se movimenta pelo Estado, se encontrando com empresários e lideranças políticas para fazer críticas pontuais ao governo de Eduardo. Da mesma maneira em que o PSB saiu do governo Federal para lançar um nome próprio à presidência, o PTB sai do governo Estadual para lançar um candidato próprio ao Governo do Estado. É a história que se repete. Com informações Blog do Francisco Evangelista.

Blog: O Povo com a Notícia