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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Após cirurgia, gêmeos siameses do Recife se recuperam em casa

seameses - recife
Para diferenciar siameses, médicos marcaram os nomes “Saulo” e “Davi” nas pernas dos dois. (Foto: Lorena Aquino/G1)
Os gêmeos siameses Saulo e Davi receberam alta médica e voltaram para casa na manhã desta sexta-feira (11), depois de fazer uma cirurgia no Instituto Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) para colocar os expansores de pele no abdômen. Eles nasceram unidos em maio deste ano. O procedimento foi realizado na quinta (10) e antecede a cirurgia final de separação dos dois, ainda sem data marcada. Os extensores são como bolsas de silicone, colocados na barriga dos gêmeos para forçar o crescimento da pele. Eles têm o objetivo de provocar a sobra de tecido para fechar os corpos depois da separação.
A mãe dos bebês, Karine de Medeiros, de 26 anos, afirmou que eles se recuperam bem apesar dos incômodos da cirurgia. “Agora está tudo normal, mas na hora fiquei muito nervosa. A cirurgia foi ótima. O médico disse para que nós tivéssemos muito cuidado com eles agora”, afirmou ela. De acordo com Karine, os bebês só podem ficar em uma posição, deitados. Ela só pega os dois no colo para alimentar. “Se estava difícil antes, sem o expansor, agora é que vai ficar mais ainda. Mas foi Jesus que mandou eles juntinhos”, disse ela, com otimismo.

De acordo com o Imip, Saulo e Davi são unidos pela pele e fígado. Os bebês recebem quatro expansores, dois em cada lado.  Mesmo sem precisar ficar internados, os meninos vão voltar a cada duas semanas para que os médicos possam injetar soro nas bolsas e forçar mais e mais o crescimento da pele dos bebês.
Karine e o marido, Wilton Carlos Souza, de 29 anos, têm ainda outros dois filhos: Zeus, de um ano, e João Vitor, de quatro. Todos eles vivem em uma casa apertada no Alto Santa Terezina, na Zona Norte do Recife, dividida em dois ambientes: um quarto e uma cozinha. Karine afirmou que vem tentando procurar um novo lugar para morar, mas ninguém parece seguro de vender ou alugar um imóvel para eles por não haver renda fixa familiar. “Dizem que a gente não tem renda, que não vamos poder pagar. Mas aqui é muito apertado. Faço um apelo a Eduardo Campos e quem puder ajudar”, desabafou.
No único quarto da casa há o berço dos gêmeos, uma cama de casal e uma cômoda. Na janela estão empilhadas várias caixas e algumas delas não podem ser descartadas. “Essas caixas aqui são dos expansores, o médico mandou guardar. Não podemos nem tirar daqui para entrar um ventinho”, falou Karine. O acesso à casa se dá por uma escadaria.
As crianças devem voltar ao Imip na próxima quarta-feira (16) para trocar os curativos e serem reavaliados pelos médicos responsáveis. Somente depois disso, em outro dia, é que os profissionais vão poder encher os expansores com o soro. A cirurgia ainda não tem data marcada para ser realizada.
Wilton mostra a caixa dos expansores, que eles conseguiram através de uma doação anônima. (Foto: Lorena Aquino/G1)
A família tem vivido de doações. Quem puder ajudá-los, pode entrar em contato pelos telefones (81) 8746.8877 ou 8753.9515. Doações também podem ser feitas através da conta Caixa Econômica, agência 0048, operação 13, conta 32392-0.(G1)
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