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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Grávidas adolescentes em Petrolina chega a 26%. Há casos com meninas de apenas 10 anos de idade

Segundo o levantamento, do total de adolescentes grávidas, 62% moram na Zona Urbana e 38% na Zona Rural. Um desses casos é de uma jovem de 14 anos, que mora em um projeto de irrigação da cidade. Ela está em um relacionamento há 11 meses e grávida do primeiro filho
Segundo o levantamento, do total de adolescentes grávidas, 62% moram na Zona Urbana e 38% na Zona Rural. Um desses casos é de uma jovem de 14 anos, que mora em um projeto de irrigação da cidade. Ela está em um relacionamento há 11 meses e grávida do primeiro filho.
 A gravidez na adolescência é um tema constante de preocupação de famílias, na escola e dos governos. Em Petrolina, PE, não é diferente. Segundo dados da Secretaria de Saúde do município, das 5,886 mil grávidas atendidas em 2013 pela rede pública de saúde do município, 26% são adolescentes e há registro de casos com meninas a partir de 10 anos de idade.
Segundo o levantamento, do total de adolescentes grávidas, 62% moram na Zona Urbana e 38% na Zona Rural. Um desses casos é de uma jovem de 14 anos, que mora em um projeto de irrigação da cidade. Ela está em um relacionamento há 11 meses e grávida do primeiro filho.
No oitavo mês de gravidez, a jovem contou ao G1 que não se preveniu corretamente. “Não procurei um médico e foram minhas primas que me ensinaram a usar anticoncepcional. Eu tomava remédio um dia sim, outro não, porque na maioria das vezes esquecia”, relatou.
A gravidez ela descobriu através de um teste de farmácia e só procurou atendimento médico aos três meses de gestação. O pré-natal passou a ser feito mensalmente no posto da saúde da comunidade onde mora. Além do acompanhamento médico constante, a adolescente conta com o apoio da família e do pai da criança. “Eu estou com um pouco de medo do parto, mas não de ser mãe”, afirma.
Casos como esse, onde a jovem é acolhida pela família e mantém o acompanhamento médico ajudam a diminuir o número que gestações de risco no município, que atualmente é de 15% do total de grávidas. Para a ginecologista e obstetra, Fabíola Dantas Lima Ribeiro, um dos principais fatores é a falta de assistência especializada. “Quando a gente fala de gravidez de alto risco temos pacientes que tiveram início de pré-natal tardio. E as adolescentes realmente estão no grupo de risco”, explica a médica.

Segundo Fabíola Ribeiro, os aspectos emocionais como não aceitar a gestação, escondê-la ou, além da falta de acesso ao pré-natal, aumentam os riscos. “Automaticamente essas meninas estão mais expostas à complicações da gravidez porque não se cuidaram adequadamente. E mesmo aquelas que fazem o pré-natal corretamente ainda estão exposta aos riscos, já que seus organismos ainda não estão preparados para gestar”, relata a obstetra destacando que entre as situações mais recorrentes estão a pressão alta, o trabalho de parto prematuro e a ruptura precoce da placenta.
Ainda segundo a especialista, no caso de adolescentes é preciso pensar na prevenção e estimular o planejamento familiar. “O ideal é que essas pacientes buscassem engravidar o mais tarde possível, mas como isso nem sempre é possível, fazer o pré-natal adequado ajuda”, garante Fabíola.
Sobre as ações preventivas, de acordo com a Secretaria de Saúde da cidade, existe uma equipe de profissionais do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), composta por psicólogo, farmacêutico, educador físico, nutricionista e fisioterapeuta, que auxilia as equipes de Saúde da Família.
O NASF realiza palestras educativas sobre a prevenção da gravidez na adolescência em escolas e associações dos bairros. Essas ações acontecem a partir de convites, por isso, cabe à comunidade ou escola interessada em procurar o núcleo nas unidades de Saúde para solicitar o serviço. (G1 Petrolina)
Blog: O Povo com a Notícia