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terça-feira, 19 de agosto de 2014

A certeza do segundo turno

Marqueteiros, publicitários, colunistas da mídia nacional e cientistas políticos atribuíram a boa performance da ex-senadora Marina Silva (PSB) na pesquisa do Datafolha ao impacto da tragédia provocada pela morte do ex-governador Eduardo Campos.

Mas Marina conquistou na eleição passada 20 milhões de votos, fantástico capital eleitoral e antes mesmo de vir a compor a chapa de Eduardo como vice já aparecia bem melhor situada, a única capaz de levar o pleito ao segundo turno. A comoção popular deve ter pesado, claro, porque abalou o País e Marina se apresenta como a sucessora natural de Eduardo.

Marina é o fato novo da corrida presidencial, conta a favor a sua trajetória, a sua origem simples e de família pobre do seringal da Amazônia, e agora o legado de Eduardo dá a ela o tempero emocional de uma campanha que pode mexer com o coração de muita gente.

Como Eduardo, Marina representa a tentativa de quebrar uma velha polarização entre PT e PSDB com a consolidação da chamada terceira via. Diferente de Eduardo, Marina não amplia. Ela tem dificuldades de agregar apoios no campo partidário e em setores importantes do segmento empresarial, como o agronegócio.

Se continuar refratária como se comportou até então, quem deve sair lucrando é o candidato tucano Aécio Neves, que já se compôs com partidos de direita, como o PP, no Rio Grande do Sul. Como sua principal plataforma está sustentada na nova política, não haverá mudanças em sua postura política.

Indo ao segundo turno como mostra o Datafolha, onde já ganha de Dilma, Marina terá que rever conceitos, porque Aécio estará no seu palanque e com ele políticos que Eduardo queria aposentar. (Magno Martins)

Blog: O Povo com a Notícia