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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Efeitos colaterais do bolsa família

Entre os programas de inclusão social do Governo Federal, sem dúvida alguma se destaca o Bolsa Família. É inegável o benefício que o Programa trouxe para muitos brasileiros. Segundo a própria Presidente, 14 milhões de famílias, o que corresponde a 56 milhões de pessoas estão sendo assistidas pelo Bolsa. É uma ajuda considerável. Para quem não tinha nada, R$100,00; R$200,00 reais ou coisa que o valha, fazem uma grande diferença. Com o auxílio, as pessoas estão podendo adquirir alguns bens, estão podendo se alimentar melhor, já podem até comprar alguma vestimenta, e podem conseguir coisas que sem a ajuda governamental, nem sonhar com elas podiam. Entretanto, como qualquer medicamento, o Bolsa Família tem seus efeitos colaterais.
Efeito colateral é aquele efeito diferente daquele considerado principal por um fármaco. Por exemplo, medicamentos indicados no tratamento de portadores do HIV, proporcionam uma melhor qualidade de vida ao paciente (efeito principal), porém, podem causar alguns efeitos colaterais, como: diarreia, vômitos, náuseas, entre outros.

O bolsa família tem efeitos colaterais devastadores. A própria presidente, em sua campanha eleitoral, semeou o terror no meio dos bolsistas, insinuando que se outro candidato que não ela fosse eleito, o Programa seria extinto. Com esse discurso, a presidente golpeou mortalmente a candidatura de Marina Silva. E ao espalhar o pânico, a candidata à reeleição conquistou o voto dos bolsistas, não como resultado de uma escolha consciente, mas como fruto do medo de perder o benefício. Quer dizer, ofereceu-lhes 100, 200 reais, mas tomou-lhes o brio, a dignidade, a alma. Que ânimo terão os bolsistas para clamar por educação, mais saúde, segurança, decência na gestão pública, se estão com medo de perder o benefício? Que importa que a corrupção reine, se seu benefício está garantido?
Sonhamos com o dia quando, ao invés de alardear que 14 milhões de famílias são beneficiadas pelo Bolsa, o Governo possa dizer que esse número foi reduzido porque muitos, antes dependentes, hoje estão empregados, ganhando o seu sustento com o suor do próprio rosto. E só então esses brasileiros serão livres. (Colunista: Pr. Ely Lourenço da Silva/Pastor da Igreja Batista Betânia e Psicanalista/Voz da Bahia)

Blog: O Povo com a Notícia