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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Na Alepe, partidos se unem contra reeleição de Guilherme Uchoa

O projeto de recondução do deputado Guilherme Uchoa (PDT) à presidência da Assembleia Legislativa (Alepe) pela quinta vez começa a esbarrar em focos de resistência. O deputado Rodrigo Novaes (PSD) informou que um bloco parlamentar, inicialmente formado por PSD, Solidariedade e PR, está se formando para barrar Uchoa e eleger o candidato escolhido pelo PSB. Segundo Novaes, o nome mais forte é o do líder do governo, Waldemar Borges (PSB). Mesmo assim, Uchoa aproveitou a reunião ordinária de ontem para conversar com os parlamentares e consolidar seu nome para o pleito.

Na plenária de ontem, o dissidente socialista Raimundo Pimentel foi à tribuna para defender que o quinto mandato do atual presidente é inconstitucional. “Eu fui o autor da emenda que veta o terceiro mandato. Não estou fazendo um discurso personalista, mas a legislação é clara. Os membros da mesa diretora que tiverem dois mandatos não podem ser conduzidos a um terceiro”, declarou o deputado, sob o olhar atento dos demais parlamentares.
Deixando a presidência da sessão para o segundo vice-presidente, André Campos (PSB), Guilherme Uchoa quase completou a “volta olímpica” no plenário da Alepe, em conversas ao pé do ouvido com os demais parlamentares, incluindo o deputado eleito André Ferreira (PMDB), que acompanhou a reunião. Uchoa, que é juiz aposentado, ainda sugeriu que o deputado e médico Raimundo Pimentel não teria condições de interpretar o que diz a Constituição do Estado. “Não discuto Direito com médico”, disparou o pedetista.

Indagados, os integrantes do PSB Waldemar Borges e Raquel Lyra repetiram que é cedo para alimentar discussão sobre a mesa, mas que o partido prega a união entre os parlamentares e o governo do Estado. No entanto, o governista Rodrigo Novaes voltou a advertir que seria uma demonstração de incapacidade dar um quinto mandato à Guilherme Uchoa. “Está sendo montado um bloco da base aliada que vai garantir ao PSB a sua condução à presidência. Eleger Uchôa para a presidência não condiz com o discurso do novo governo, com esse ar de renovação”, assegurou.

Caso o PSB encampe o projeto defendido por Novaes, o partido já contaria com os votos dos seus 15 parlamentares, além dos sete votos do bloco parlamentar formado por PSD, SDD e PR. O deputado oposicionista Edilson Silva (PSOL) também garantiu que não votaria em Uchoa, por considerar que não seria bom para a Casa ter o mesmo presidente por 10 anos consecutivos.

Se a esposa de Raimundo Pimentel, Socorro Pimentel (PSL), eleita deputada neste ano, repetir a postura do marido, ela também se configura mais um voto contra o pedetista. Ao todo, seriam 24 votos, menos da metade da composição da Casa. A oposição, como um todo, ainda não se pronunciou. O pleito acontece em fevereiro próximo. (Por Ulysses Gadêlha/ Jornal do Commercio)

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