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sábado, 10 de janeiro de 2015

Prefeitos têm que fazer sacrifício para pagar piso dos professores, defende Cid Gomes

Prefeitos têm que fazer sacrifício para pagar piso dos professores, defende Cid Gomes
Após visitar uma creche municipal no Recife na manhã desta sexta-feira (09), o ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), pregou que é preciso um empenho dos prefeitos para pagar o piso nacional dos professores (reajustado nesta semana para R$ 1.917,78) e, assim, garantir a valorização dos docentes no País. Questionado se o governo federal estaria disposto a apoiar financeiramente estados e municípios para garantir o pagamento do piso, o ministro tergiversou.
“Eu já fui prefeito, já fui governador, eu sei que há dificuldades. O ministério está à disposição para ajudar, colaborar com os municípios. Vamos priorizar aquilo que é investimento”, afirmou Cid, que disse estar à disposição para orientar a regulamentação dos planos de cargos e carreiras locais.
“Professor, no Brasil, ganha muito pouco, e a gente tem que fazer sacrifícios – falando aqui às prefeituras – para continuar dando aumento reais aos professores”, defendeu o ministro. “O Brasil tem que manter uma política de valorização dos professores. De diversas forma, mas também pelos salários”, afirmou.
Na última quarta-feira (07), o Ministério da Educação anunciou um reajuste de 13,01% no piso nacional dos professores, que era de R$ 1.697. Para o ministro, a portaria do MEC é meramente homologatória, já que as regras de reajuste do piso são definidas por legislação.
Levantamento feito pelo jornal O Globo aponta que pelo menos 16 estados do País precisarão dar reajustes para os seus professores, porque os salários atuais estão abaixo do piso nacional. Dentre eles, está Pernambuco, onde os professores receberiam R$ 1.698,09, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).
A declaração de Cid aos prefeitos vem depois que o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski,  criticou o fato de o reajuste ter sido anunciado sem ouvir os prefeitos. Ziulkoski, que chegou a desmarcar uma reunião agendada com o ministro, classificou o anúncio como uma “falta de consideração” com os representantes dos municípios.
Corte não afeta – No Recife, Cid Gomes também refutou a tese de que o corte orçamentário no custeio dos ministérios anunciado nessa quinta (08) pelo Ministério do Planejamento possa prejudicar as ações do MEC. Para a pasta, o ajuste é estimado em R$ 7 bilhões.
“Não há corte definido. Nós temos no País um Orçamento que não foi votado ainda pelo Congresso Nacional”, lembra o ministro.
“No Ministério da Educação, não há um centavo sequer de corte naquilo que é atividade fim. Nos nossos programas, que vão fazer chegar a merenda escolas aos municípios, que vão chegar o recurso com os transportes, que vai fazer chegar o dinheiro direto para as escolas”, garante Cid Gomes.
Pernambuco é o primeiro estado visitado por Cid Gomes em um périplo que ele fará a todos os Estados do Brasil para colher soluções para a educação no País e exportar para outros estados. Pernambuco foi escolhido por ter conseguido os maiores avanços no Ideb do ensino médio nos dois últimos levantamentos. Essa modalidade foi escolhida como prioridade pelo MEC. Em dois anos, Cid espera fazer uma reforma nos currículos nacionais do ensino médio, que pode incluir disciplinas opcionais.
Blog: O Povo com a Notícia