As associações representantes da Polícia Militar de Pernambuco, em reunião realizada na quarta-feira (07), decidiram criar um planejamento estratégico para as reivindicações da categoria. Uma nova reunião está agendada para a próxima quarta-feira (14) e nela pode ser confirmada uma assembleia geral ou um ato de rua. Uma consequente greve não está descartada.
De acordo com o presidente da Associação de Praças de Pernambuco (ASPRA-PE), José Roberto Vieira, há uma insatisfação muito grande entre os profissionais e isso pode trazerr prejuízos para o Pacto pela Vida. “Greve não faz bem para ninguém, mas pelo que tenho visto nos quartéis, estou temendo por isso”, conta. “Mas isso é decisão da categoria”, conclui.
Para o coordenador da Associação Pernambucana de Cabos e Soldados (ACS), Alberisson Carlos, não dá para pensar em manifestação antes do diálogo. “Nós estamos querendo criar um diálogo permanente com o governo. Não dá para pensar em fomentar uma greve sem passar por todas as etapas, sem tentar conversar”, explica.
Outra pessoa que participou da reunião foi o deputado estadual Joel da Harpa (PROS), um dos principais personagens da paralisação ocorrida em maior de 2014. Apesar de eleito, Joel só tomará posse no dia 1° de fevereiro e pretende levar as reivindicações dos militares para a câmara. “Não temos nada planejado ainda, mas depois do dia 20 deste mês queremos uma reunião com a categoria para passar nossas ideias”, ele diz. Joel, dessa vez, preferiu lavar as mãos com relação às manifestações: “Quem define se vai ter greve é a categoria”.
Com a criação desse planejamento estratégico, as associações pretendem criar um discurso mais homogêneo, focado na seleção de reivindicações, a fim de evitar que eles entreguem ao governo o que chamam de “pacotão”, ou seja, uma grande quantidade de reivindicações sem relação.
Entre os principais pontos reclamados pela categoria continuam questões salariais e o plano de cargos e salários. Apesar do governo sinalizar um aumento de efetivo e investimento em inteligência e equipamentos, os policiais ainda denunciam atraso em pagamentos de gratificações, excesso de trabalho e falta de treinamento e capacitação. Há uma expectativa que as demandas sejam mais facilmente atendidas pelo governo, após o resultado negativo do Pacto Pela Vida. (iG PE)
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