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domingo, 22 de fevereiro de 2015

Petrolão já atrapalha até a Transposição do São Francisco

Quem diria, o petrolão se encontrou com a transposição do Rio São Francisco. É uma nova prova, para quem a ficha ainda não caiu, de que a Operação Lava Jato é aqui. Não só porque Suape é a casa da Refinaria Abreu e Lima, epicentro do maior escândalo de corrupção da história recente do País. Nem porque o escândalo já leva a demissões no Estaleiro Atlântico Sul, que nasceu para fazer navios para a Petrobras.

O petrolão saiu desse mundo que soa abstrato, o da política, para virar problema social dos grandes, que afeta a população. E isso desmonta a retórica da presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta limitar o escândalo a um debate partidário. Só interessa ao PT discutir se a corrupção na Petrobras é ou não invenção do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Não estamos em 1997. É hoje, agora, que a Mendes Júnior uma das construtoras envolvidas no petrolão, prejudica obras em Pernambuco. Sem dinheiro, ela avisou ao governo estadual: não tem como tocar a requalificação da BR-101, recuperar a pista de Abreu e Lima a Jaboatão dos Guararapes e colocar nela estações de BRT para o transporte público. Enquanto busca solução, o Estado vai fazer um tapa-buracos emergencial, para fazer remendos antes da estação chuvosa.

Pior que os problemas da Mendes Júnior com o petrolão bateram na transposição, a maior bandeira política do PT e do ex-presidente Lula no Nordeste e no Estado. A empresa já demitiu 2.500 pessoas no lote 8 da obra – em Salgueiro, Terra Nova e Cabrobó. Essas famílias perderam o sustento e o Eixo Norte, um dos canais do projeto, o Eixo Norte, que já deveria estar pronto há 3 anos, tem prazo ameaçado de novo.

A transposição está aí para lembrar que não dá para ficar voltando ao tempo de FHC. O petrolão é aqui e agora. (Por Giovanni Sandes/Na coluna Pinga-fogo do Jornal do Commercio deste domingo)

Blog: O Povo com a Notícia