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domingo, 12 de abril de 2015

Os ratos por trás dos ratos


Os bichinhos, coitados, nem eram ratos: eram hamsters e gerbos, ou esquilos-da-Mongólia. Mas quem mandou colocá-los ali, naquele ambiente insalubre, tinha um objetivo de rato: desviar as atenções da CPI do Petrolão e do depoimento do tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto. Teve algum êxito nisso: os ratos que não eram ratos se transformaram no grande assunto do dia, e permitiram a piada pronta de que todos, ali, ratos e homens, pertenciam à mesma espécie.

Quem colocou os roedores na CPI foi Márcio Martins de Oliveira, que ocupa cargo de confiança na 2ª Vice-Presidência da Câmara, ocupada pelo deputado Giacobo, do PR paranaense, fiel integrante da base aliada do Governo Dilma. Giacobo já é famoso: foi ele que disse ter ganho 12 vezes nas loterias da Caixa, num prazo de 14 dias, em 1997 - graças à ajuda de Deus, conforme salientou. 

O tesoureiro anterior do PT, Delúbio Soares, já cumpriu pena de prisão, no caso do Mensalão. O tesoureiro atual está sendo investigado no caso do Petrolão e é amplamente citado nas delações premiadas. Não há qualquer interesse do Governo petista, ou do partido, em que haja repercussão da CPI, do envolvimento do tesoureiro, da relação entre os tesoureiros do PT e atos de macrocorrupção - ainda mais às vésperas de manifestações de rua contra o Governo, que prometem ser grandes, ainda mais depois das passeatas chinfrins da CUT em favor do Governo. 

Quem melhor do que um aliado, que já disse que ganhou 12 vezes na Loteria em 14 dias, para tumultuar o processo sem medo de ser ridículo? (Carlos Brickmann/Magno Martins)

Blog: O Povo com a Notícia