Durante depoimento na CPI da Petrobras, nesta segunda-feira (11), o doleiro Alberto Youssef afirmou que acredita que o alto escalão do governo petista sabia da corrupção na petroleira. O doleiro já tinha afirmado em delação premiada sobre a participação do governo e de outros políticos. Na lista do depoimento prévio de Youssef, o deputado leu os nomes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da presidente Dilma Rousseff e dos ex-ministros Antonio Palocci, Gleisi Hoffmann, José Dirceu, Ideli Salvatti, Gilberto Carvalho e Edison Lobão.
O deputado Bruno Covas (PSDB-SP) questionou o doleiro se ele confirmava os nomes. “Confirmo e digo que isso é no meu entendimento", afirmou o doleiro. Covas perguntou ainda se, na avaliação de Youssef, havia uma coordenação por parte do governo no esquema da Petrobras. "Não digo que havia uma coordenação. Mas acredito que eles tinham conhecimento, no meu entendimento, do que aconteceu", respondeu.
A Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto afirmou que a presidente Dilma Rousseff não vai comentar o assunto.
Os operadores Fernando Soares (conhecido como Fernando Baiano), Mário Góes e Guilherme Esteves, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, a doleira Iara Galdino e o empresário Adir Assad devem prestar depoimento ainda nesta segunda. O delegado da Polícia Federal Gerson Machado, chamado para "colaborar com as investigações" da CPI, também deve ser ouvido ao longo do dia.
Na terça-feira (12), estão marcados os depoimentos da doleira Nelma Kodama, do operador René Luiz Pereira, dos ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA), André Vargas (sem partido-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) e, por fim, do doleiro Carlos Habib Chater, dono do posto de gasolina em Brasília que deu nome à operação da Polícia Federal.
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