Nada como uma visita chinesa em
momento de retração da confiança num país. A presidente Dilma recebe nesta terça o
primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que começa pelo Brasil uma viagem à
América do Sul que inclui também a Colômbia, o Peru e o Chile. No Brasil ele
deve anunciar investimentos de US$ 53 bilhões em obras de infraestrutura, o que
soará como mensagem de confiança na economia brasileira, apesar dos problemas
macroeconômicos do momento, como inflação alta e contas públicas exigindo um
ajuste fiscal.
O acordo mais
importante que começa a ser discutido com o Brasil diz respeito aos estudos e
possível financiamento pela China da ferrovia transamazônica, que ligaria o
litoral brasileiro, a partir do Pará, ao do Peru, criando um grande corredor
para fluxo de mercadorias entre a América do Sul, a China e a Ásia. Hoje o
Brasil tem uma ligação rodoviária bastante precária com o Pacífico, a partir do
Acre, mas esta via não se conecta com outros grandes centros produtores do país.
Li Keqiang vem
acompanhado por uma comitiva de 120 pessoas, que inclui dirigentes de grandes
conglomerados empresariais chineses. Eles se reunirão com empresários
brasileiros no Itamaraty para a prospecção de novos negócios.
Aqui, e nos demais
países, onde também se encontra com os respectivos presidentes, o premiê chinês
discutirá a ampliação do comércio bilateral e acenará com o aumento de compras
de produtos de maior valor agregado. Embora seja o maior parceiro comercial do
Brasil, o maior volume das importações do Brasil concentra-se em soja e minério
de ferro. (247)
Blog: O Povo com a Notícia