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quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dilma pede ações contra mexida na maioridade

Dilma Rousseff reuniu-se com representantes de duas áreas: direitos humanos e proteção às crianças e adolescentes. Recomendou que se mobilizem no Congresso e na sociedade contra a aprovação do projeto que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, a nova menina dos olhos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Estiveram com Dilma, entre outros, o ministro Pepe Vargas (Direitos humanos); a presidente Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Angélica Goulart; e o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Carlos Nicodemus.

Segundo Pepe, a estratégia do governo é levar esclarecimentos à sociedade. Evocando dados oficiais do Ministério da Justiça, o ministro disse que os menores de 18 anos são responsáveis por 0,9% dos crimes praticados no Brasil. O índice cai para 0,5% quando são considerados apenas os homicídios e as tentativas de homicídios.

“Nós confiamos que, quando houver mais esclarecimento nesse debate, vai ficar claro que a redução, ao invés de reduzir o problema da criminalidade e da violência, tende a aumentá-lo”, disse o ministro. “Colocar adolescentes em prisões de adultos, nos parece, apenas servirá para que esses adolescentes sejam cooptados pelas facções de crime organizado.”

O governo planeja também aproveitar o aniversário de 25 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em julho, para realçar as qualidades da lei. Deseja-se desfazer a ideia segundo a qual o estatuto sacramentou a impunidade dos menores infratores.

Muitas pessoas “acham que os adolescentes não são privados da sua liberdade, que eles podem fazer qualquer coisa sem sofrer nenhuma sanção. Isso não é verdadeiro”, disse o ministro. “Em alguns casos, os adolescentes chegam a ficar mais tempo privados da liberdade do que adultos que eventualmente tenham cometido um crime análogo.”

O problema do governo é que, como de hábito, Dilma e seus auxiliares estão sempre um lance atrás de Eduardo Cunha. Rendido ao ritmo de toque de caixa ditado pelo presidente da Câmara, o relator da comissão que analisa o projeto, deputado Laerte Bessa (PR-DF), disse que trará seu relatório à luz na quarta-feira da semana que vem. A intenção de Cunha é a de levar a matéria imediatamente ao plenário da Câmara.

Blog: O Povo com a Notícia