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terça-feira, 16 de junho de 2015

Termina sem acordo a conversa sobre aposentadoria entre governo e centrais

Realizou-se nesta segunda-feira, em Brasília, uma reunião entre ministros do governo Dilma Rousseff e representantes de centrais sindicais. Na pauta, o debate sobre alternativas ao fator previdenciário, como é chamado o redutor que a Previdência aplica ao calcular o valor de novas aposentadorias. Os sindicalistas esperavam ouvir propostas do governo. Mas nenhuma proposta lhes foi apresentada. A conversa terminou sem acordo.

Tudo isso ocorre a poucas horas da decisão que Dilma terá de tomar sobre a mudança no cálculo das aposentadorias aprovada recentemente no Congresso. Criou-se uma regra batizada de 85/95. Consiste no seguinte: sempre que a soma da idade com o tempo de contribuição der 85 anos para as mulheres e 95 anos para os homens, a aposentadoria teria de ser integral, sem a incidência do redutor.

Dilma cogita vetar essa regra, sob o argumento de que ela levaria a Previdência à breca no longo prazo. As centrais sindicais defendem a sanção. Mas não estão avessas a discutir alternativas. A ausência de propostas frustrou os sindicalistas. Agora, eles estabelecem como pré-condição para a continuidade das negociações a sanção da regra 85/95.

“O governo não apresentou nenhuma proposta”, lamentou Vagner Freitas, presidente da CUT, braço sindical do PT. “Os ministros disseram apenas que a presidenta Dilma está ponderando sobre a decisão que vai tomar e que queria ouvir os sindicalistas”.

O ministro Carlos Gabas (Previdência) sustentou que, aplicando-se a fórmula avalizada pelo Congresso Nacional, as arcas previdenciárias estariam falidas em 2060. Ainda assim, representantes de seis centrais sindicais assinaram um documento pedindo que Dilma sancione a novidade, sem prejuízo da continuidade das negociações.

“Se tem uma coisa melhor para os trabalhadores, não precisa vetar”, disse o presidente da CUT. “Mantém o 85/95 e depois discute uma proposta melhor.” Autor da emenda que colocou em pé a regra que flexibiliza o fator previdenciário, o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) diz que o Congresso derrubará o veto da presidente caso ele se confirme.

Blog: O Povo com a Notícia