Prepare sua cadeira de praia: nos dias 12, 13 e 14 de agosto acontece o
ápice da chuva de meteoros das Perseidas.
O evento é um dos mais esperados pelos amantes de astronomia, já que é a
chuva mais intensa do ano. A expectativa é que milhares de feixes de luz risquem o céu. Mas você
sabe o que provoca tal brilho?
Para que uma chuva de meteoros aconteça, a Terra precisa
entrar na órbita de um cometa (neste caso, o Swift-Tuttle). Durante a viagem no
espaço, cometas ejetam partículas.
Quando essas partículas adentram a atmosfera terrestre, elas entram em
combustão -- o atrito com a atmosfera faz com que elas queimem. O brilho que
vemos no céu é exatamente o rastro deixado pelas partículas em chamas.
Segundo Gustavo Lanfranchi, coordenador do Mestrado em Astrofísica da
Universidade Cruzeiro do Sul, poderão ser vistos cerca de 100 meteoros por hora
nas madrugadas dos dias 12 e 13 de agosto. “A velocidade média dessas partículas é de 1.000 km/h. Elas, geralmente,
têm tamanhos que variam de milímetros a centímetros”, disse Lanfranchi em
entrevista a EXAME.com.
Este ano já aconteceram cinco chuvas de meteoros. A de Delta Aquarídeas,
em julho, foi a mais fraca até agora, com 16 meteoros por hora.
Como ver o evento: A chuva de meteoros poderá ser vista a olho nu. No entanto, para quem
mora em grandes centros urbanos, será difícil enxergar o fenômeno. A poluição e
forte iluminação nesses locais dificulta a visão dos rastros.
“Se você quiser ver a chuva de meteoros, é melhor ir para algum lugar
bem alto e afastado dos grandes centros”, comenta o professor. O evento astronômico poderá ser visto com mais intensidade nas regiões
Norte e Nordeste do país, devido à trajetória do cometa Swift-Tuttle.
Se você tem medo de que os meteoros destruam a Terra, não se preocupe.
As partículas são extremamente pequenas e se dissolvem antes de colidir com o
chão. “O fenômeno não traz nenhum risco para o planeta. No máximo algum
problema com satélite, mas nunca vi isso acontecer”, conclui o professor.
Blog: O Povo com a Notícia