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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Cunha vê ‘acordão’ e indaga: ‘cadê os petistas?’

Pendurada no alto de todos os principais sites de notícias na tarde desta quarta-feira (19), a notícia de que a Procuradoria denunciaria Eduardo Cunha ao STF fez tudo parecer irrisório na Câmara. Reunido em seu gabinete com um grupo de líderes partidários para discutir a pauta da sessão noturna, Cunha viu-se obrigado a tratar de Lava Jato. Serei denunciado, disse, chovendo no molhado. Não tem nada contra mim, acrescentou, antes de reiterar que foi escolhido como alvo pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot. Não explicou o porquê da alegada perseguição.

A certa altura, Cunha indagou: Por que não são denunciados os petistas? Cadê os petistas? Referia-se a investigados como os senadores Humberto Costa (PE), Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR), todos filiados ao PT. Sem citar o nome de Renan Calheiros, seu companheiro de PMDB, Cunha insinuou que o presidente do Senado também não consta da primeira leva de denunciados por conta de um “acordão” que teria celebrado com Dilma Rousseff e Rodrigo Janot. Durante a conversa, Cunha falou várias vezes em “acordão” como neologismo para acobertamento.

Os líderes foram ao gabinete da presidência do Senado para tratar da votação da emenda que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos, que seria aprovada em segundo turno horas depois. Entre os presentes, havia representantes do PMDB e também dos oposicionistas PSDB e DEM. Cunha não pediu nada aos interlocutores. Mas pelo menos um dos líderes enxergou um apelo escondido nas entrelinhas do fraseado de Cunha. Foi como se ele dissesse: não me deixem só. Por que só eu, o Ciro Nogueira e o Fernando Collor?, indagou, citando os outros dois nomes levados ao noticiário como denúncias na bica de acontecer. (Via: Josias de Souza)

Blog: O Povo com a Notícia