No final do protesto contra a
presidente Dilma Rousseff (PT), no Recife, os organizadores calcularam em 50
mil o número de pessoas que participaram do evento. Os manifestantes caminharam
da padaria Boa Vagem até o segundo jardim da avenida, entoando jingles contra a corrupção, os desvios de verba da
Petrobras e a acusações direcionados ao PT e ao ex-presidente Lula (PT). A
maioria das pessoas vestia camisas verde e amarela, exibindo a frase “meu
partido é o Brasil”. A Polícia Militar informou que não divulgará estimativa de
público.
O protesto foi
organizado pelos movimentos Vem pra rua e Brasil livre e contou com a participação de políticos de
partidos adversários ao governo Dilma. O deputado federal Jarbas Vasconcelos
(PMDB) destacou que é hora do povo ir para as ruas. “Ninguém suporta mais isso
do empresário ao empregado. O país está semi-paralisado. Ou ela (Dilma) vai
para renúncia ou chama para um entendimento ou ela vai resultar no
impeachment”, ressaltou o peemedebista.
Também presente ao protesto, o
deputado federal Mendonça Filho (DEM) destacou que as manifestações são
resultado da revolta da população contra “um governo que se reelegeu
ilegitimamente, usando recursos públicos e enganando a população”, frisou. Os
deputados federais Bruno Araújo (PSDB), Daniel Coelho (PSDB) e Raul Jungman
(PPS), o deputado estadual Antônio Moraes (PSDB) e o vereador do Recife André
Régis (PSDB) também acompanharam a mobilização.
Na avaliação de Gustavo
Gesteira, um dos organizadores do movimentoVem pra rua, o
evento ganhou mais força. “Foi um sucesso. Mais uma vez as pessoas voltam à
avenida Boa Viagem para protestar contra governo Dilma e o PT”. Ele disse,
ainda, que o grupo vai acompanhar de perto o julgamento das contas da gestão de
Dilma pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Durante todo o
protesto, os manifestantes gritaram frases de efeito à exemplo de “o povo unido
jamais será vencido. A nossa bandeira jamais será vermelha” e “olé, olé eu vou
pra rua derrubar o PT”. O protesto terminou por volta das 13h, com os
participantes cantando o Hino Nacional, que também abriu a manifestação na voz
da cantora Nena Queiroga. O proteste deste domingo aconteceu 23 anos depois do
impreachment do ex-presidente e hoje senador Fernando Collor de Mello (PTB/AL).
À tarde, um pequeno grupo se
concentrou na altura do Segundo Jardim pedindo, além do impeachment, a
intervenção militar constitucional. “O grande problema da corrupção no país é
que não tem nenhuma instituição confiável, com exceção do exército. Não
defendemos arbitrariedade, a intervenção está na Constituição”, explica Nelson
Monteiro, assessoria jurídico do Movimento Direito a Pernambuco. (Via: DP)
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