Líderes
da oposição na Câmara lançam na manhã desta quinta-feira (10) o site Movimento
Parlamentar Pró-Impeachment. A página
na Internet trará, em destaque, a petição online pelo impeachment da presidente
Dilma Rousseff. A intenção do grupo é conseguir apoio popular maciço para,
assim, pressionar mais deputados a aderirem à causa.
O usuário
poderá ainda deixar comentários e personalizar uma foto sua com a logo do
movimento para, por exemplo, usar em redes sociais e mostrar apoio ao
afastamento de Dilma. O site
foi registrado pelo DEM, que arcou com o custo de registro de R$ 30 e
disponibilizou mão de obra do partido para elaborar o portal.
A
iniciativa tem à frente líderes da oposição, mas conta com apoio, inclusive, de
parlamentares governistas, especialmente do PMDB, do vice-presidente, Michel
Temer. Como
informou na quarta (09) a Folha, esse é o primeiro passo para
o processo de afastamento de Dilma. O grupo espera que, em 15 dias, seja
possível entrar com o pedido de impeachment.
Acordo prévio prevê que o pedido seja rejeitado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para que ele não arque sozinho com o ônus político da decisão de abrir caminho para o impeachment. Haveria então um recurso ao plenário para que a Câmara aceite analisar o pedido de impeachment e crie uma comissão especial para examiná-lo. Para aprovar o recurso, bastaria o voto de metade mais um dos deputados presentes no plenário.
Cabe à
comissão especial elaborar um parecer sobre o pedido de impeachment e
encaminhá-lo ao plenário, a quem cabe decidir se o processo de impeachment deve
ser aberto ou não. Para abrir o processo, são necessários os votos de 342 dos
513 deputados, ou dois terços do plenário.
Se o
plenário aprovar a abertura do processo de impeachment, a presidente Dilma
Rousseff será afastada do cargo para ser processada e julgada pelo Senado e o
vice-presidente Michel Temer assumirá o governo, de acordo com a Constituição.
Blog: O Povo com a Notícia