Sem alarde, o governador Paulo
Câmara entrou no mês passado no Ministério Público do Estado com uma
representação criminal contra o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do
Estado (Sinpol), Áureo Cisneiros.
Paulo Câmara reclamou de
práticas ofensivas a sua honra, a partir de afirmações caluniosas e
difamatórias.
No dia 17 de setembro passado,
o promotor de Justiça Criminal João Maria Rodrigues Filho solicitou a própria
Polícia Civil que instaurasse um inquérito policial para que o MPPE adote as
medidas legais cabíveis, ao fim das investigações.
O encaminhamento da ação foi
abonada, com um pedido de urgência, pelo procurador Geral do Estado, Carlos
Guerra, no dia 09 de setembro.
Paulo Câmara reclama, ao MPPE,
que o sindicalista fez-lhe falsa imputação de crimes ao discursar em carro de
som na porta da Fiepe, quando da vinda de Dilma a Pernambuco, no dia 21 de
agosto. Uma cópia em vídeo do discurso foi anexada ao processo.
A principal queixa diz respeito
à polêmica gerada a partir de ação da Polícia Federal na Arena Pernambuco.
A fala do sindicalista
contestada é: “Paulo Câmara, e o Arenão? Você era o presidente do Comitê que
construiu a Arena sem licitação… A Odebrecht ganhou a licitação de forma fraudulenta
e leva dos cofres do Estado de Pernambuco mais de R$ 100 milhões todos os
anos”, cita o documento apresentado ao MPPE.
Na peça, também reclama que o
sindicalista ter dito que era “uma canalhice” Paulo Câmara tomar parte de um
evento político “escondido do povo”. No dia do evento, a Fiepe informou que o
pedido de reserva partiu da equipe presidencial, para evitar vaias a Dilma.
Na ação, Paulo Câmara reclama
que trata-se de difamação.
Em outra fala do discurso
citada, o sindicalista diz que Dilma e Paulo Câmara “estariam aí fazendo
esquema com os empresários’.
Caso o sindicalista não
apresente provas do que afirmou, enm apresente retração, o governador pede ao
MPPE que promova uma ação criminal, em defesa da honra do cargo de governador
que ocupa.
Reportagem de Cassio Oliveira,
no Blog de Jamildo, naquele dia, informou que a chegada de um carro de som deu
força ao protesto do Sinpol, que pretendia, de início, criticar apenas o ajuste
fiscal proposto pela equipe econômica do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas
durante o protesto os manifestantes do sindicato criticaram Dilma, o governador
Paulo Câmara e o prefeito do Recife, Geraldo Julio, ambos do PSB.
O Sinpol questionou a petista em
relação ao corte R$ 70 milhões destinados à segurança e, em cima do carro de
som, sindicalistas acusam Câmara e Geraldo de terem “desviado” recursos durante
a obra da Arena Pernambuco. “Rouba Dilma, Paulo Câmara, Geraldo Julio e o pobre
é que se lasca”, discursou um dos manifestantes, informou o Blog.
Por volta das 17h30, a Polícia
Militar cortou o áudio do carro de som do Sinpol, causando princípio de tumulto
com os sindicalistas, mesmo assim os manifestantes não cederam.
Blog: O Povo com a Notícia