O número de assaltos a bancos em
Pernambuco aumentou 140% com relação ao ano passado, segundo dados da
Secretaria de Defesa Social (SDS). De 12 casos registrados entre os meses de
janeiro e outubro de 2014, o número pulou para 29 ocorrências no mesmo período
deste ano. O número de tentativas registradas quadruplicou: de três anotadas no
passado para 12 este ano.
Os métodos os assaltantes são
variados. Vão das invasões armadas até as explosões. Ontem, no Departamento de
Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), da Polícia Civil, foi anunciada a
prisão de uma quadrilha formada por cinco homens de fora do Estado: três de
Joinville (SC), um de Campinas (SP) e outro da própria capital paulista. Eles
são suspeitos de roubarem agências bancárias nos municípios de Sirinhaém e Rio
Formoso, no Litoral Sul, Escada, na Zona da Mata Sul, e Cabo de Santo
Agostinho, no Grande Recife. Eles usavam maçarico para abrir os cofres dos
bancos. Rubens Martins Junior, Douglas Oliveira, Jeremias Camila, Alessandro
Neves e Jucemar Micheluzzi foram presos na praia de Enseada dos Corais, no
Cabo, na última sexta-feira, e estão no Centro de Triagem e Observação
Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
“O perfil dos assaltantes de
banco vem mudando com o tempo. Era pessoas com um extensa ficha em outros
crimes. Agora são pessoas que estão entrando na criminalidade por esse meio”,
explica o delegado Mauro Cabral, do Depatri, que efetuou a prisão da quadrilha.
“É um tipo de delito complicado de se combater, exige um trabalho grande de
inteligência. E é isso que estamos tentando, com alguns resultados como a
prisão desse grupo”.
O diretor jurídico do
Sindicato dos Bancários de Pernambuco, João Rufino, alega que são 43, e não 29,
o número de ocorrências de assaltos a bancos no Estado, até o dia 9 deste mês.
“No Recife, por exemplo, muitos desses casos poderiam ser evitados se a
prefeitura fiscalizasse o cumprimento da lei de 2010 que prevê a adoção de
medidas de segurança para todas as agências”, diz.
A lei 17.647 obriga os bancos
da cidade a contar com portas e vidros blindados, guarda-volumes e um mínimo de
dois seguranças para cada pavimento. “Até 2012 havia fiscalização e algumas
agências chegaram a ser interditadas. Hoje, estranhamente, isso não acontece
mais”, reclama.
Através de nota, a
Secretaria-Executiva de Controle Urbano do Recife (Secon) informou que tem
realizado reuniões para discutir ajustes na Lei 17.647. Em outubro, uma nova
reunião sobre o tema aconteceu e contou com a presença do secretário de
mobilidade e Controle Urbano, João Braga, e a Federação Brasileira dos Bancos
(Febraban). “O Sindicato dos Bancários, apesar de convocado, não compareceu. O
objetivo dos encontros também é tratar a possibilidade de tornar a fiscalização
mais eficiente, proporcionando maior segurança para os estabelecimentos”, diz o
texto da nota. (Via: JC)
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