Arrolado como testemunha de
defesa do ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, o deputado Paulo Teixeira
(PT-SP) teve enorme dificuldade para explicar ao juiz Sérgio Moro, da Lava
Jato, como um repasse de R$ 190 mil feito pela empreiteira Engevix foi parar na
contabilidade de sua campanha em 2014. Interrogado por meio de
vídeo-conferência, o parlamentar atribuiu a operação a um “engano”.
“Eu
liguei para o senhor Vaccari e disse: ‘Olha, eu não conheço essa empresa e ela
fez uma doação’. E não tinha sido ela quem tinha feito a doação, mas houve uma
troca que fora feita por alguma razão que desconheço, por engano. Mas quando
foi feita a doação já era impossível revertê-la, para desfazer esse engano. Não
conheço essa empresa, nao busquei recursos para minha campanha nessa empresa.
Mas consta uma doação, que foi feita essa troca no partido”, tentou explicar o
deputado para o juiz.
Sérgio
Moro quis saber quem seria, então, o destinatário da doação da Engevix.
Teixeira não soube informar. “…Apenas eu questionei [ao Vaccari] de não ser a
empresa que teria feito a doação original pra mim. Eu não questionei para quem
seria. Eu disse: ‘olha, há um engano aí. E ele me alegou que era impossível
desfazer esse engano, tendo em vista o momento em que nós já estávamos.”
O juiz
perguntou ao deputado qual era, afinal, o doador “original” de sua campanha.
Teixeira foi traído pela memória: “A empresa doadora originária pra mim… Eu
preciso revisitar a minha conta pra saber qual era a empresa doadora originária
pra mim. Houve essa troca”… Blá, b;a, blá…
Se
Texeira foi arrolado como testemunha de defesa, imagine-se o que dirão as
testemunhas de acusação! (Via: Josias de Souza)
Blog: O Povo com a Notícia