Na tarde desta sexta-feira (05), o
policial militar suspeito de agredir um adolescente em Caruaru recebeu a
liberdade provisória, após decisão interlocutória do juiz da 4ª Vara Criminal
da comarca do município. O soldado tinha sido preso em flagrante na quinta-feira
(04), após supostamente quebrar o braço de um jovem durante uma abordagem
policial, de acordo com a Polícia Civil.
O documento que concede a
liberdade provisória ao policial aponta que há “impossibilidade de violação da
ordem pública pela reiteração criminosa por parte do flagranteado. Destarte,
não se pode presumir que ele, uma vez em liberdade, venha a praticar novos
crimes”.
O subcomandante do 4º Batalhão da
Polícia Militar, major Fábio Souza, informou à reportagem da TV Asa Branca que
está “dando toda a assistência ao policial”. O representante da Associação de
Cabos e Soldados, cabo Maciel Santos, destacou que os policiais estão
“indignados com o que vem ocorrendo com o companheiro, que estava de serviço
para defender a sociedade”.
Entenda o caso: A Polícia Civil informou, em
nota, que a prisão em flagrante por abuso de autoridade e lesão corporal grave
foi feita após a polícia ter sido acionada por um desembargador do Tribunal de
Justiça de Pernambuco (TJPE). Em nota, o TJPE informou que “não procede a
informação de que o desembargador do TJPE teria dado voz de prisão a um
policial militar. A participação do desembargador no episódio foi, única e
exclusivamente, a de entrar em contato com a delegacia do município e solicitar
a análise da informação de que um policial estava agredindo o referido
adolescente”.
De acordo com a Polícia Civil,
o desembargador, funcionários do TJPE em Caruaru e outras duas testemunhas
confirmaram a suposta agressão. Os adolescentes estariam na rua do tribunal e
um deles teria desacatado o policial.
“Este, em resposta, teria
desferido três chutes no adolescente, sendo um na cabeça, outro no peito e um
no braço, quando ele tentou se levantar do chão. Em seguida, um dos homens que
ali se encontravam pegou o adolescente nos braços e foi para a frente da Câmara
do Tribunal, gritando que o policial havia quebrado o braço do menino, causando
comoção popular. Ao ser socorrido no Hospital Regional [do Agreste], foi
constatada a fratura do cotovelo do adolescente. Diante de tais provas, a
delegada [Sara Gouveia] lavrou auto de prisão em flagrante delito pelos crimes
de abuso de autoridade e lesão corporal grave”, informa a nota da Polícia
Civil. (Via: G1 Caruaru)
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