Em uma
manhã quente de terça-feira, 14 de dezembro de 2010, o ex-presidente Lula,
fazia uma maratona de visitas a obras. A duas semanas do fim do mandato, foi à
transposição do São Francisco, principal bandeira política dele, da sucessora
Dilma Rousseff e do PT para o Nordeste. Prazo? Quatro anos atrás.
“Eu estou com muito orgulho, porque estou percebendo que a obra
vai ser inaugurada definitivamente em 2012 – a não ser que aconteça um dilúvio
ou qualquer coisa”, discursou na ocasião.
Com péssima gestão, erros apontadas pela CGU e investigados
depois pela Polícia Federal, em 2012 a transposição parou. Então ministro de
Dilma, o hoje senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) teve de relicitar a obra,
orçada em R$ 4,5 bilhões e atualmente em R$ 8,2 bilhões. A transposição cruzou
o primeiro mandato de Dilma e entrou pelo segundo. Com muito ainda por fazer.
Veja Pernambuco: cadê o Ramal do Agreste, obra federal que nem
começou? Sem ele, a transposição não servirá a pernambucanos. A água passará direto
para a Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Não há nada novo para ver. Como Lula, Dilma parece vir dar adeus
à obra. Se ela for afastada dia 11, a transposição chegará ao terceiro
presidente, Michel Temer (PMDB). Sem ajudar o Estado. (Via: Giovanni Sandes / PE Notícias)
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