A Comissão Especial do Impeachment volta a se reunir nesta segunda-feira
(06), a partir de 16h, para tentar um acordo sobre o cronograma de trabalho
apresentado pelo relator, Antonio Anastasia (PSDB-MG). Ele apresentou,
inicialmente, a proposta de 15 dias para as alegações finais da acusação e
outros 15 dias para a defesa.
De acordo com a Agência Senado, ao longo da reunião ocorrida na
quinta-feira (02), a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) propôs a redução desse
período para cinco dias para cada uma das partes. Assim, o julgamento final,
previsto para o início de agosto ficaria para meados de julho. Simone Tebet
argumentou que o novo Código de Processo Penal prevê prazos mais curtos.
“Eu estou fazendo uma questão de ordem de acordo com os termos do Código
de Processo Penal. Não sou dona da verdade nem sei se tenho razão nesse assunto.
Acabei de receber o relatório e me socorri de algumas informações que tenho
aqui”, esclareceu a senadora.
A proposta de Simone Tebet gerou protestos de parlamentares contrários
ao impeachment de Dilma Rousseff e o cronograma ficou sem decisão. Diante
disso, o presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), decidiu levar a
questão ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. O
recurso ao ministro do STF sobre esse mesmo tema também foi pedido pelo senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O ministro Ricardo Lewandowski, de acordo com a legislação, é o
responsável pelo processo de impeachment de Dilma Rousseff e o STF atua como
órgão recursal.
CONSULTAS - Há
ainda outras consultas que serão encaminhadas a Lewandowski. Uma delas é se a
votação dos requerimentos dos integrantes do colegiado deve ser de um a um ou
em bloco. Por conta desse impasse, uma vez que a comissão decidiu examiná-los
em conjunto, os apoiadores de Dilma Rousseff abandonaram a reunião de
quinta-feira. Outro recurso, desta vez apresentado pelo senador Aloysio Nunes
Ferreira (PSDB-SP), pede que o julgamento da presidente afastada se resuma em
dois fatos: os quatro decretos, em bloco, e as chamadas "pedaladas
fiscais". A defesa quer que sejam cinco fatos.
Blog: Povo com a Notícia