Socialite.activate (elemento, 'Widget');

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Floresta: Dia histórico para classe de enfermagem em Pernambuco


Hoje (27) é um dia histórico para a classe de enfermagem. Foi aprovada na Câmara dos Vereadores da cidade de Floresta o projeto de lei que regulamenta a jornada de trabalho dos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, em trinta horas semanais.

Essa é uma luta nacional da classe que já dura 20 anos. As conquistas ao longo desse tempo se dá em diversas cidades, mas somente em leis municipais.

Floresta é a segunda cidade do estado de Pernambuco a aprovar uma lei que regulamenta as 120 horas mensais, tendo sido Petrolina a primeira a regimentar essa jornada.

O projeto 38/2016 foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares, e foi proposto pela Prefeita Rorró Maniçoba, com articulação do Secretario de Administração, enfermeiro Samuel Cabral.

Participaram da sessão, além de profissionais da saúde, representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco – SEEPE,  o diretor de formação, Robervan Pedrosa, o diretor de saúde do trabalhador,  Vagner Miranda, o delegado do Sindicato na região, enfermeiro Ênio Quirino e o Deputado Federal Kaio Maniçoba, que luta pela causa no âmbito nacional.

Em seu discurso Robervan lembra que existe uma dívida do Brasil com a classe da enfermagem, tendo em vista que diversas classes como médicos, psicólogos, assistentes sociais, já conseguiram a aprovação de leis que regulamentam uma nova carga horária, enquanto que há décadas os profissionais de enfermagem buscam também conquistar esse direito. “Não só a enfermagem ganha com a aprovação das trinta horas, mas a sociedade também. Teremos profissionais com tempo livre para se capacitarem, podendo assim oferecer serviços com mais qualidade aos pacientes. O Sindicato não só aprecia como aprova em sua totalidade essa lei, por entender que há um impacto financeiro mínimo para o município, com resultados positivos na produtividade”.

Para o enfermeiro Ênio, essa é uma causa digna e justa. “Hoje, com os baixos salários, precisamos ter dois ou três empregos para assim podermos sustentar a família, o resultado disso são profissionais da enfermagem privados de relacionamentos sociais, trabalhando de domingo a domingo, sem tempo para a família. Temos visto muitos casamentos desfeitos por essa causa. O problema tem atingido a família, portanto toda a sociedade. Chegou a hora de cuidar de quem cuida”, ressaltou.

Blog: O Povo com a Notícia
Por Elba Quirino