Com assembleia
marcada para as 14h de sexta-feira (09), a Justiça de Pernambuco proibiu que os
policiais e bombeiros militares se reúnam para deliberar sobre greve. A
determinação é do desembargador José Fernandes Lemos. O não cumprimento
implicará na multa de R$ 100 mil por parte das associações representativas.
Na terça-feira (06), a categoria adiou a paralisação e anunciou que vai esperar uma resposta do governo
com a abertura de negociação salarial. Desde então, os policiais
estão atuando apenas nas ocorrências graves. Eles também decidiram entregar os
cargos de jornada extra, que são 7 mil vagas na PM.
A liminar do desembargador foi expedida na noite da
quarta-feira (07) e é direcionada a quatro associações que representam a
categoria. De acordo com a Procuradoria Geral do estado, a decisão atende a um
pedido apresentado pelo próprio órgão. Para o desembargador, a paralisação dos
serviços, assim como a incitação à greve e à realização de reuniões com essa
finalidade configuram crimes militares.
“Se abstenham de realizar reunião, assembleia ou qualquer
evento que tenha por objetivo reunir ou patrocinar a deflagração de greve de
militares estaduais ou qualquer outro movimento que comprometa a prestação do
serviço de segurança pública", diz a decisão.
Por telefone, a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados
Policiais e Bombeiros Militares (ACS) e a Associação dos Militares Estaduais
(AME) adiantaram que a reunião, prevista para a sexta-feira (9), está mantida.
O vice-presidente da ACS, Nadelson Leite, e o presidente da AME, Vlademir
Assis, disseram que as associações ainda não foram notificadas.
“Fiquei sabendo, mas não fomos
notificados. A reunião é para saber o rumo, a resposta do governo, decidir os
próximos passos do movimento e orientar os nossos companheiros”, comentou
Assis. Já o vice-presidente da ACS fez questão de ressaltar que a assembleia é
pacífica. “Não estamos partindo para a greve”, completou Nadelson Leite.
Em nota, a Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros
Militares de Pernambuco (Aspra-PE) também divulgou que comparecerá à reunião.
"Respeitamos a decisão judicial, mas a tropa é soberana e a assembleia
geral está mantida. O que acontecer depende dos PMs e BMs e nós apoiaremos
qualquer decisão tomada", diz. (Via: G1 PE)
Blog: O Povo com a Notícia