Policiais e bombeiros militares
decidiram suspender a paralisação, que estava programada para acontecer nesta
terça-feira (06), caso não houvesse negociação com o Governo de Pernambuco. Após
uma espera de 1h30, uma comissão foi recebida, no Palácio do Campo das
Princesas, na noite desta terça-feira (06), por representantes, e teve as
reivindicações protocoladas.
Por volta das 20h, a comissão
deixou o local e iniciou uma assembleia geral. A categoria recuou e decidiu
esperar uma sinalização até esta sexta-feira (09), quando os militares pretendem
realizar uma nova caminhada, a partir das 14h, com saída da Praça do Derby, na
área Central do Recife. Após a caminhada, eles pretendem se reunir, novamente,
com representantes do Governo e, em seguida, devem, então, definir se vão
aderir à paralisação.
Enquanto isso, a Associação de Cabos e Soldados (ACS-PE)
garantiu que será adotada a “operação-padrão”. Os militares informaram que não
vão aceitar plantões no Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES) e que vão
recusar sair em viaturas com menos de três policiais, usar coletes vencidos,
sair sem algemas ou com viaturas comandadas por cabos e soldados.
Às 14h desta terça, os militares se concentraram na Praça do
Derby e uma comissão apresentou as reivindicações da categoria. Os servidores
reclamam da falta de abertura para negociação do Governo do Estado acerca de
reivindicações como a implantação de subsídios salariais e a revisão do Plano
de Cargos e Carreira. Em seguida, pouco depois das 16h, a categoria realizou
uma caminhada e chegou ao Palácio às 17h40. Durante o ato, o trânsito ficou
bastante complicado, já que os militares passaram por importantes vias da área
Central da capital pernambucana. A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano
(CTTU) acompanhou a mobilização.
A última greve dos policiais e bombeiros militares ocorreu em
maio de 2016 e durou três dias. Na ocasião, índices de roubo e homicídios
aumentaram e diversas lojas situadas em Abreu e Lima, no Grande Recife, foram
saqueadas, o que teve repercussão nacional. No primeiro semestre deste ano, em
assembleia, a categoria chegou a aprovar a deflagração de uma nova greve, mas,
na última hora, representantes do Governo do Estado conseguiram fechar um
acordo com as associações sindicais. (Via: Folha PE)
Blog: O Povo com a Notícia