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sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Ministério Público de Contas de Pernambuco aperta o cerco contra "trem da alegria"


O Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO) protocolou uma petição endereçada à ministra Carmen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando uma medida cautelar para afastar os servidores que ingressaram sem concurso público na Agência de Regulação de Pernambuco (Arpe), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado (Funape). Tramita no STF uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) questionando as transferências a exemplo do que ocorreu no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA).

De acordo com o procurador-geral do MPCO, Cristiano Pimentel (foto), o pedido tem como objetivo prevalecer no STF o mesmo entendimento da Justiça do Trabalho em relação ao IPA, que considerou irregular a transferência de servidores da Perpart para o instituto. A transferência foi apelidada de "trem da alegria" pela Associação de Auditores. Segundo o órgão, há mais de dois anos cerca de 400 servidores estão sendo beneficiados com as transferências, sem a realização de concursos.

A Secretaria de Administração do Estado informou, através de nota, que "a transferência de empregados públicos da Perpart para o IPA nunca foi efetivada". Mas sobre a Arpe, Funape e PGE, a resposta é que "o aproveitamento destes servidores oriundos de outros órgãos estaduais ocorreu sem alteração do nível de formação nem das atividades já exercidas".

CONCURSO

Em 2014, quando o governo do Estado editou uma lei complementar para a transferência de servidores para a Arpe, foi realizado um concurso para o preenchimento de 35 vagas de analista de regulação. No ano passado, apenas dez vagas foram preenchidas. Norberta de Melo, uma das aprovadas no concurso, reclama da demora. "É uma questão que acho que é mais política. A Arpe não tinha nenhum servidor efetivo, até esses dez. O órgão funciona de maneira precária, não funciona como deveria", disse.

Segundo o secretário de Administração, Milton Coelho, não há previsão de convocação. A prioridade para o Estado, afirma, é nomear professores, médicos e policiais. Em nota, a pasta informou que o concurso - de dezembro de 2015 - tem validade de dois anos, podendo ser prorrogado por mais dois.

Blog: O Povo com a Notícia