Ás vésperas do carnaval, o comandante da Polícia Militar, Coronel Carlos D'Alburque, e o chefe da Polícia
Civil, delegado Antônio Barros, foram retirados das chefias nesta sexta-feira
(17). O delegado Joselito Kehrle do Amaral, diretor Integrado Metropolitano,
assume a Polícia Civil, enquanto a PM vai ser chefiada pelo coronel Vanildo
Neves de Albuquerque Maranhão Neto, da Diretoria Integrada
Especializada.
O estado vem registrando números crescentes de violência.
Os dois comandantes das corporações vinham enfrentando pressão das entidades
que representam os policiais civis e militares desde o ano passado. A revisão
dos salários e as condições de trabalho foram uma reclamação constante das
entidades.
Desde dezembro, policiais
militares vem realizando uma operação-padrão como forma de
protesto. Em janeiro deste ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS), registrou
479 pessoas assassinadas no estado, uma média de 15 por dia.
O governo registrou, nos
primeiros 31 dias do ano, 196 assaltos a ônibus no Grande Recife, média de
seis por dia. O número diverge do computado pelo Sindicato dos Rodoviários, 526
crimes nos primeiros 45 dias do ano, o que significa uma média de 11 a cada 24
horas.
Reajuste: O projeto que prevê aumentos entre 25% e 40% para policiais e
bombeiros militares de Pernambuco foi publicado no Diário Oficial desta
sexta-feira (17), após ser sancionado pelo governador Paulo Câmara. Foi
publicado também o aumento da remuneração dos profissionais através do Programa
de Jornada Extra de Segurança (PJES).
Além de propor correções nos
salários nos meses de maio de 2017 e abril e dezembro de 2018, a lei nivela os
salários dos militares com a Polícia Civil, segundo o governo. O reajuste
representa um acréscimo de R$ 303 milhões na folha de pagamento de 2017.
Apesar de o governador alegar que
a proposta atende às reivindicações dos PMs e bombeiros, os profissionais têm
demonstrado, por meio de manifestações, o descontentamento com o
percentual oferecido pelo estado. Atuando em Operação Padrão desde dezembro de
2017, os profissionais alegam que os valores não atendem aos anseios da tropa e
ainda se queixam de más condições de trabalho.
Durante dois dias de votação na
Alepe, os profissionais se reuniram do lado de fora da casa para
esperar o desfecho da votação. Na terça (14), dia da votação em primeiro turno,
a categoria recebeu a notícia da aprovação do projeto aos gritos de “não vai
ter Galo”, sinalizando que a segurança do carnaval de Pernambuco seria
comprometida devido aos votos de 32 deputados estaduais, favoráveis à proposta. (Via: G1 PE)
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