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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Foro não pode ser ‘suruba selecionada’, afirma senador Romero Jucá


Um novo embate entre Judiciário e Legislativo está em curso em Brasília. De um lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) pode levar adiante a proposta de restringir o foro de políticos para crimes cometidos durante o exercício do mandato eletivo. Do outro, os parlamentares no Congresso Nacional planejam uma reação. 

Líderes do governo Michel Temer e da oposição ameaçam aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para retirar o foro privilegiado de magistrados e integrantes do Ministério Público caso o STF vá adiante com sua intenção de tirar foro dos políticos. 

“Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”, afirmou o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), ao jornal O Estado de S. Paulo. 

A discussão sobre o alcance da prerrogativa ganhou corpo na semana passada após o ministro do STF Luís Roberto Barroso defender a limitação do foro a casos relacionados a acusações por crimes cometidos durante e em razão do exercício do cargo. 

O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), afirmou que o Supremo “não tem competência” para decidir sobre o assunto, embora considere uma “boa ideia” a restrição ao foro. O tucano classificou como “errada” a interpretação de Barroso, pois, segundo ele, a Constituição é “muito clara” sobre a prerrogativa.

O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), disse que a atual legislação é clara sobre o foro especial e criticou o que chama de “exacerbação” do Poder Judiciário.

Blog: O Povo com a Notícia