O caso envolvendo o vazamento de
dados do celular da primeira-dama da República, Marcela Temer, foi além de
possíveis fotos pessoais e familiares que existiriam no aparelho. O hacker
Silvonei José de Jesus Souza condenado por clonar o telefone dela tentou extorquir
300.000 reais para não vazar também o áudio de um vídeo que, segundo ele,
poderia comprometer o presidente Michel Temer (PMDB).
As
informações constam do processo de julgamento de Souza e foram divulgadas
primeiramente pelo jornal Folha de S.Paulo. O EL PAÍS teve acesso ao material,
que inclui o processo judicial, com mais de 1.000 páginas e um relatório da
Polícia Civil. O conteúdo do áudio ou os supostos dados íntimos de Marcela
Temer não estão no processo. Nas conversas, Souza chantageia a primeira-dama,
que reage negando que o registro obtido pelo hacker poderia prejudicá-la.
Souza
foi condenado a cinco anos e dez meses de prisão pelos crimes de estelionato e
extorsão. Entre o cometimento do crime a condenação passaram-se apenas seis
meses, um prazo considerado célere, levando em conta a morosidade do Judiciário
brasileiro. O crime foi cometido em abril do ano passado. O julgamento em
primeira instância foi concluído em outubro. O hacker está preso em São Paulo. (Via: El País -
Afonso Benites)
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