O ministro da Educação, Mendonça
Filho, disse nesta quinta-feira (16) que o novo ensino médio estará
implementado em todo o país a partir de 2019. “Há prazos para os estados se
adequarem a essa realidade. A base [Base Nacional Comum Curricular] só estará concluída
até o final de 2017. Não poderíamos exigir a implementação plena pelos estados
em 2018. Então, isso será feito com mais profundidade só em 2019”, disse.
A reforma do ensino médio foi sancionada na manhã de hoje
pelo presidente Michel Temer. Entre as principais mudanças estão a
flexibilização curricular, a ampliação da carga horária e a formação técnica
dentro da grade do ensino médio. O próximo passo a ser dado é implantar a Base
Nacional Comum Curricular que, atualmente, está sendo elaborada por um comitê
presidido pelo Ministério da Educação.
Segundo o ministro, o ensino médio é diferenciado em cada
unidade da federação e, por isso, a implementação da reforma será discutida com
os conselhos e secretarias estaduais, para que cada um faça as adequações
necessárias. “A lógica é preservar as peculiaridades e valorizar o protagonismo
dos sistemas estaduais”, disse Mendonça ao falar sobre a distribuição dos conteúdos
da base durante os três anos do ensino médio.
Segundo a secretária-executiva do Ministério da Educação,
Maria Helena Guimarães, a tendência é que o primeiro ano seja concentrado na
base e que, a partir do segundo ano, as escolas comecem a flexibilizar e
diversificar o currículo com os chamados itinerários formativos, em que o
estudante poderá escolher entre cinco áreas de estudo: linguagens, matemática,
ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional. O
projeto prevê que os alunos escolham a área na qual vão se aprofundar já no
início do ensino médio.
Mendonça Filho esclareceu ainda que os estados terão suporte
técnico e financeiro para a implementação do novo currículo e do tempo
integral. Segundo o ministro, R$ 1,5 bilhão já foram disponibilizados para este
ano e o próximo para aumentar as matrículas no ensino integral. Hoje, 6% das
matrículas do ensino médio são para o ensino integral e a meta é dobrar esse
número em três anos.
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