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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Operação Cosa Nostra: Fraude envolve pessoas ligadas a prefeituras municipais


Dez prefeituras do Agreste pernambucano foram alvo da Operação Cosa Nostra, da Polícia Federal (PF), em parceria com a CGU e o Ministério Público Federal (MPF), nesta quarta-feira (15). Segundo a PF, o Cartel atuava em Agrestina, Panelas, Jurema, Água Preta, Lagoa dos Gatos, Bom Conselho, Jupi, Iati, Riacho das Almas e Angelim.

Elas estavam envolvidas em esquema de organização criminosa que fraudava licitações nos municípios. O prejuízo aos cofres públicos gira em torno de R$ 100 milhões. 

De acordo com coletiva de imprensa da PF, o esquema teria sido iniciado em 2013. Nele um grupo abria empresas e atuava em prefeituras do Agreste pernambucano. Além disso, segundo o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz Cordeiro, emendas parlamentares foram destinadas para as administrações que estavam em processo de tratativa .

"Várias empresas criadas e atuam em algumas prefeituras do Agreste de Pernambuco que fazem parte funcionários, aliás, laranjas também, que têm um contato muito próximo com a administração de duas principais prefeituras que eu não posso falar o nome", afirmou o superintendente.

"Os mandados também envolvem e buscam provas de dez prefeituras que receberam dinheiro de empresas, essas empresas eram e são formadas por parentes ou amigos muito próximos, ou laranjas que contrataram com a administração pública municipal, as prefeituras que estão sofrendo as buscas, desde 2013. São empresas, por exemplo, que o prefeito tomou posse na prefeitura, 15 dias ou um mês depois a empresa já estava contratada e recebendo milhares de reais. Essas prefeituras ao longo desses anos receberam algo em torno de R$ 100 milhões de verba pública federal e também estadual para prática de diversas atividades", afirmou Marcello Diniz Cordeiro.

Nos bastidores, o atual prefeito de Agrestina, Thiago Lucena Nunes (PMDB), e o secretário de Articulação Política de Agrestina, Márcio Avelar Pimentel, têm os nomes envolvidos na investigações. Além disso, as seis empresas investigadas tinham alguma ligação com o secretário ou de alguém próximo a ele. O filho de Pimentel, Márcio Avelar Filho, que é chefe de gabinete do gestor, é sócio de uma das empresas.

Por meio de nota, o Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) afirmou que a sua participação "se deu por meio da realização de uma auditoria especial na cidade de Agrestina, processo TC nº 1721097-5, sob a relatoria do conselheiro João Carneiro Campos, para analisar a prestação de serviços de transporte escolar".

Além disso, segundo o TCE, as empresas fiscalizadas nessa auditoria tinham contratos com diversas outras administrações. "O relatório foi concluído e enviado, juntamente com toda a documentação, ao Ministério Público Federal. No TCE, a próxima etapa será a notificação dos interessados para apresentação de defesa. Ainda não há data para julgamento". (Via: Folha PE)

Blog: O Povo com a Notícia