Na nova lista de alvos da Operação Lava Jato com direito a foro
privilegiado, enviada
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo
Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, estão presentes
pelo menos cinco ministros do governo do presidente Michel Temer. São eles:
Eliseu Padilha (PMDB), da Casa Civil; Moreira Franco (PMDB), da
Secretaria-Geral da Presidência; Gilberto Kassab (PSD), das Comunicações; Bruno
Araújo (PSDB), das Cidades; e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), das Relações
Exteriores.
O pacote inclui ainda parlamentares de peso, como os
presidentes do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB) e Rodrigo Maia
(DEM), respectivamente. Segundo o jornal Folha de S. Paulo,
também são relacionados os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e Edison
Lobão, do PMDB; Aécio Neves e José Serra, do PSDB.
Além deles, também constam os nomes dos ex-presidentes
Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva e dos ex-ministros Antonio Palocci e
Guido Mantega, que não têm direito à prerrogativa de foro e cujos casos
devem ser remetidos à primeira instância.
Os nomes são citados nas 320
peças encaminhadas por Janot ao STF por volta das 17 horas de hoje. Dessas, 83
são pedidos de abertura de inquérito, 211 declínios de competência, 7
arquivamentos e 19 outras providências, que podem ser mandados de prisão, busca
e apreensão, colheita de novos depoimentos, quebra de sigilo, bloqueio de bens,
entre outras diligências.
A nova lista, que é três vezes maior do que a primeira, enviada em maio
de 2015, é baseada na delação de 77 executivos da
Odebrecht. O relator da Operação Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin,
deve decidir nos próximos dias se instaura ou não as investigações. Devido
a procedimentos burocráticos, as petições devem demorar pelo menos
três dias para chegar às mãos de Fachin. (Via: Estadão Conteúdo)
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