O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ),
afirmou nesta segunda-feira (20) que a reforma trabalhista deve ser votada e
aprovada na Casa antes da proposta de emenda constitucional (PEC) que muda as
regras da Previdência.
Ele diz esperar que a votação ocorra até duas semanas após a Páscoa, que é no
dia 16 de abril.
Para a reforma da Previdência, Maia espera que a aprovação do
texto fique entre o final de abril e o começo de maio.
Sobre a ordem de votação das duas
reformas, Maia disse que já havia anunciado “há muito tempo” e que essa
“esticada” na votação da PEC da Previdência, como classificou, é favorável para
gerar um ambiente de aprovação das medidas do governo no Congresso.
“Acho que é uma esticada correta, acho que a gente vai dando
ao governo um ambiente favorável às reformas e a certeza que as propostas vão
melhorar muito as condições econômicas do país”, disse, após fazer um discurso
na cerimônia de posse do Conselho de Administração da Câmara Americana de
Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham), na capital paulista.
Em meio à “batalha” – termo usado por ele – para convencer os
parlamentares e a sociedade que a reforma enviada pelo governo é boa, Maia
disse que consultores do governo e do Congresso estão dando pareceres
equivocados aos deputados e incentivando as críticas que o texto vem recebendo.
“Aqueles que têm um sistema diferenciado hoje têm trabalhado contra a reforma
por meio das assessorias, das consultorias. Tanto parte do governo como parte
do Congresso trabalham contra as reformas”, disse.
Maia disse que consultores técnicos até do seu próprio
partido, o DEM, têm repassado pareceres equivocados a deputados. “Sobre todas
as teses que foram vendidas a eles, inclusive por consultores da Casa e do
próprio partido DEM, nós precisamos falar a verdade”, disse Maia, quando contou
que um parlamentar do DEM veio com teses contrárias à reforma e que ele mesmo
se prestou para desconstruir “uma por uma”.
“Consultores da Casa são servidores. Eles têm, muitas vezes,
uma visão do ponto de vista da reforma diferente da nossa. Eles estão
defendendo interesses, aquilo que eu acho certo, eu não estou criticando, não.
É democrático que eles façam isso”, disse o deputado, falando que o papel
correto é convencer sobre os “pontos verdadeiros” da reforma.
Maia afirmou que a aprovação da PEC da Previdência é
essencial para o Brasil continuar no ritmo de recuperação econômica. E chegou a
dizer até que, se o texto não for aprovado, o Brasil terá um dia seguinte de
“caos econômico”. Falou ainda que a taxa básica de juros, a Selic, vai cair a 7%
ou 6% com a aprovação e que as empresas poderão ter taxas de juros “pela
metade” do que é hoje a partir de agosto ou setembro. (Via: Estadão Conteúdo)
Blog: O Povo com a Notícia