A Polícia Federal cumpre, desde às 6h desta quarta-feira (24), mandados
de prisão em cinco estados e no Distrito Federal contra a quadrilha do
traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar. Às 6h28, os agentes
chegaram em um condomínio de luxo no bairro Vinte e Cinco de Agosto, em Duque
de Caxias, onde mora Alessandra da Costa, irmã de Beira-mar e apontada como sua
conselheira. Contra Alessandra há um mandado de prisão por organização
criminosa e lavagem de dinheiro. Até às 6h45 também tinham sido presos um dos
filhos do criminoso e um braço-direito do traficante.
Após um ano e meio de investigações, a PF descobriu que Beira-mar, preso
na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia, diversificou os negócios:
os lucros agora vão além do tráfico de drogas. O criminoso fatura R$ 1 milhão
por mês com as máquinas de caça-níquel, venda de botijões de gás, cesta básica,
mototáxi, venda de cigarros e até com o abastecimento de água.
Os policiais cumprem 35 mandados de prisão, 27 de condução coercitiva e
86 de busca e apreensão nos estados do Rio, Rondônia, Mato Grosso do Sul,
Paraíba, Ceará e no Distrito Federal. As principais áreas de atuação de
Fernandinho Beira-mar são três comunidades de Duque de Caxias, na Baixada
Fluminense: favela Beira-mar, Parque das Missões e Parque Boavista.
Desde 2006, Fernandinho Beira-mar está preso em uma penitenciária
federal. Em 2007, a Polícia Federal investigou o criminoso e descobriu que,
apesar da vigilância, ele manteve o fornecimento de drogas (maconha e cocaína)
para favelas do Rio. A investigação da PF, na ocasião, levou 19 pessoas para a
prisão.
A operação Fênix, como foi chamada, descobriu que Beira-mar escolheu a
mulher, Jacqueline Alcântara de Morais para sucedê-lo no comando da quadrilha.
Na ocasião, 19 pessoas foram presas e condenadas pela Justiça Federal do
Paraná.
Em condenações, o traficante acumula penas que somam quase 320 anos de
prisão em crimes como tráfico de drogas, formação de quadrilha, lavagem de
dinheiro e homicídios.
Em 2015, o criminoso foi condenado a 120 anos de prisão apontado como
responsável liderar uma guerra de facções, em 2002, dentro do presídio de
segurança máxima Bangu I, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste
do Rio, quando quatro rivais foram assassinados.
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