O Núcleo de Concursos e Promoção
de Eventos (Nucepe) decidiu anular a prova objetiva para o concurso da Polícia Militar do Piauí após a prisão de 12 candidatos suspeitos de
tentativa de fraude. A decisão foi tomada no final da manhã desta segunda-feira
(22) depois de uma reunião com a Secretaria de Segurança e Comando Geral da PM.
Segundo o presidente do Nucepe, Pedro Júnior, há fortes indícios de que
questões da prova de português vazaram.
O comandante da Polícia
Militar, Carlos Augusto, informou que a nova prova deve ser aplicada no prazo
de 30 dias. O comando vai se reunir com a Nucepe para definir a data e a
intenção é manter as demais etapas e edital inalterados. Para a reaplicação das
provas não serão reabertas as inscrições do concurso e os candidatos inscritos
são mantidos, com exceção dos suspeitos de fraude que foram eliminados do
certame.
“Vamos fazer uma força
tarefa com o Nucepe para elaborar a prova. Novas medidas de segurança serão
adotadas, inclusive internas, para evitar novas fraudes. O importante aqui é
para os demais candidatos que se prepararam e também tiveram prejuízos, mas
prejuízo maior seria continuar com algo que teve suspeita de fraude logo no
início. Vamos repetir as provas quantas vezes forem necessárias”, enfatizou
Carlos Augusto.
Das 12 pessoas presas,
duas pagaram fiança e já foram liberadas. Os candidatos em liberdade foram os
flagrados com as questões da provas e agora serão investigados pela Polícia
Civil. Confirmadas as suspeitas, os envolvidos no esquema responderão por fraude
ao certame de interesse público.
O Grupo de Repressão ao
Crime Organizado (Greco) apreendeu colas e informações de trechos da prova de
português com dois candidatos. “Durante a operação constatamos dois tipo de
fraude: um que compromete a lisura do concurso, quando dois candidatos foram
flagrados com cinco questões da prova de português, e outro que não compromete,
mas vai contra o edital que foi candidatos com celulares e outros com gabaritos
que não foram comprovados como oficiais”, informou o delegado Kleydson
Ferreira.
Ainda de acordo com o
delegado, os aparelhos apreendidos são produzidos a partir de um material que
não consegue ser identificado ao passar pelo detector de metais. Diante disso,
a Secretaria de Segurança deve reforçar os mecanismos para impedir que esses
dispositivos entrem nos locais de prova.
O delegado Willame
Moraes, coordenador do Greco, frisou que as investigações continuam e detalhes
sobre os investigados não serão revelados para não atrapalhar a ação policial.
As provas foram aplicadas
nesse domingo (22) em Teresina. Um total de 32.010 candidatos se inscreveram
para concorrer às 480 vagas ofertadas pela PM-PI. “A anulação dessa etapa
acontece também para preservar a imagem do Nucepe e mantemos a postura de
afirmar que não tem ninguém do Núcleo envolvido na tentativa de fraude”, falou
o presidente do Nucepe, Pedro Soares. (Via: G1)
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