“Faça o que eu digo, não faça o
que eu faço” parece ser o lema do senador Fernando Bezerra Coelho.
Ao ver matéria em que o Senador
Fernando Bezerra afirma que “Veio alguém administrar Petrolina e a cantiga era
vender o estádio, o Ceape”, fui pesquisar sobre vendas e doações de áreas
públicas de Petrolina para ver de qual ex-prefeito o senador estaria falando, e
qual não foi a surpresa ao verificar que o Senador falava dele próprio e não de
Julio Lossio, como a imprensa local imaginou.
No evento com o ministro interino
da Agricultura, nesta terça-feira, 13 de junho, em Petrolina, sem citar nomes,
o senador Fernando Bezerra Coelho aproveitou o seu discurso para fazer duras
críticas à gestão do ex-prefeito Julio Lossio, o que me levou a fazer uma
reflexão sobre o estilo de cada um administrar e o cuidado de cada um com as
áreas públicas.
Todos sabem que Julio Lossio
vendeu áreas públicas com autorização legislativa, inclusive de vereadores
ligados à Fernando Bezerra, com ampla divulgação e com participação
democrática, cujos recursos decorrentes de tais vendas foram destinados à
construção de AMES, pavimentação, quartel da Guarda Municipal, vários Clubes do
Bairro, Canal do Pedro Raimundo, entre outros. Nesse caso, o patrimônio
público, antes devoluto, foi convertido em patrimônio público, porém, com
verdadeira utilidade pública e a serviço da melhoria na qualidade de vida da
população de Petrolina.
Já o ex-prefeito Fernando
Bezerra, nas suas três passagens pela Prefeitura de Petrolina, literalmente,
fez aquilo que hoje acusa o ex-prefeito Julio Lossio: dilapidou o patrimônio
público fazendo infinitas doações de terrenos a entes privados, empresas,
amigos, entre outros. Numa pesquisa rápida na legislação de Petrolina, podemos
encontrar 196 leis de doações e alienações de terrenos, em seus quase dez anos
de mandato de prefeito.
Inclusive, o senador Bezerra foi alvo de investigações
pelo Ministério Público Federal e pela SPU - Secretaria do Patrimônio da União
por irregularidades na venda de terrenos que passaram a integrar o seu próprio
patrimônio, mais especificamente, um terreno onde foi construído o Hotel Íbis,
de sua propriedade e de sua família, bem como o terreno em que foi construído o
River Shopping, como foi amplamente noticiado em blogs da região e na mídia
nacional (Quer Saber Política?, Folha de São Paulo, entre outros).
Sobre os recursos oriundos da
venda dos terrenos municipais na gestão de Julio Lossio, todos sabemos onde
estão: AMES, Clube do Bairro, Canal, Pavimentações, entre outros. Já sobre os
recursos provenientes do terreno vendido duas vezes (como o próprio Senador assumiu
em nota ter vendido um terreno em seu primeiro mandato e “por equívoco” o mesmo
terreno foi vendido novamente em seu segundo mandato), as áreas generosamente
doadas "aos amigos" por meio das quase 200 leis municipais
sancionadas em seus mandatos de prefeito, a população gostaria de saber o
destino e quais valores desses recursos foram aplicados em prol da população de
Petrolina.
De fato, há uma grande diferença
entre o “Novo Tempo” e o “Velho Tempo”, que se confundem, e o “Tempo de Cuidar
das Pessoas” que o prefeito Julio Lossio inaugurou em Petrolina.
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