De acordo com nova pesquisa publicada na revista científica Nature, os brasileiros
estão abaixo da média no que diz respeito a atividade física.
No ranking de países
mais preguiçosos do mundo, entre 46 avaliados, o Brasil ficou
na 7ª posição.
Segundo o estudo, realizado por pesquisadores da Universidade
Stanford, nos Estados Unidos, a média geral é de 4.961 passos em um período de
14 horas por dia. Os brasileiros ficaram
abaixo dessa média, com 4.289 passos diários.
O levantamento
Com a ajuda do aplicativo
monitorador Argus, pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos,
puderam registrar quantos passos as pessoas davam
diariamente. No total, dados de mais de 700.000 pessoas fizeram parte do
levantamento. A princípio, informações de 111 países foram coletadas, mas
somente 46 deles somaram, pelo menos, 1.000 usuários cada e foram analisados.
“O estudo é mil vezes maior do
que qualquer outro anterior sobre o movimento humano“,
disse Scott Delp, professor de bioengenharia e um dos pesquisadores do projeto,
à rede britânica BBC.
Ranking entre países
O território que obteve a maior média de atividade física foi Hong Kong, com
6.880 passos por dia, seguido pela China, com 6.189, e pela Ucrânia, com 6.107.
O Brasil ficou entre os dez piores resultados, em 7º lugar, tendo superado
apenas Índia, Egito e Grécia. Enquanto isso, a Indonésia obteve o pior
resultado no ranking, com apenas 3.513
passos/dia.
Desigualdade: maior obesidade
Apesar de os dados serem
anônimos, informações como idade, sexo, peso e altura dos usuários também foram
compartilhadas. Com base nesses dados, os cientistas utilizaram o Índice de Gini, que considera diferentes concentrações
de renda para avaliar com maior precisão a desigualdade de atividade física de um povo. Ou seja, em vez
de comparar riqueza e pobreza, eles compararam aptidão e ócio em relação a
prática de exercícios físicos.
Quanto maior se mostrava
essa desigualdade, maiores eram as taxas de obesidade. Os Estados Unidos e o México tiveram uma
média de passos diários similares, entretanto, o índice dos americanos apontou
maior desigualdade e maior nível de obesidade.
Em contrapartida, a Suécia teve
uma das menores lacunas. “Em regiões com alta desigualdade de atividade existem
muitas pessoas que são pobres em atividade, tornando o índice um forte preditor de problemas de saúde“, disse Delp.
Homens e mulheres
Outro fato que chamou atenção
foram as diferenças entre os sexos. Em países como o Japão, em
que tanto a obesidade quanto a desigualdade foram baixas, homens e mulheres se
exercitavam em graus semelhantes. No entanto, em países com alta taxa de desigualdade, como os Estados Unidos e Arábia
Saudita, as mulheres passavam menos tempo do que os homens se exercitando.
“Quando a desigualdade da
atividade é maior, a atividade das mulheres é reduzida de forma muito mais
dramática do que a dos homens e, portanto, as conexões negativas com a
obesidade podem afetar as mulheres de maneira mais ampla”, disse Jure Leskovec,
um dos pesquisadores. (Via: Veja)
Blog: O Povo com a Notícia