A pesquisa DataPoder360 indica que se a disputa pelo Palácio do Planalto
fosse hoje e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não disputasse, o maior beneficiado
seria o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), de saída do PSC para filiar-se ao
PEN, que deve mudar o nome para Patriota.
De acordo com a pesquisa, com Lula no páreo, a corrida presidencial
segue estável. O petista está consolidado e até mostrou avanço, pontuando em
agosto 31% e 32%, nos dois cenários testados. Em julho, antes da sentença do
juiz federal Sérgio Moro (responsável pela Lava Jato em 1ª Instância), Lula
tinha 23% e 26%. A pena imposta pelo magistrado e a maior exposição pública
parecem ter feito bem ao petista.
Ainda conforme a pesquisa, embora as variações fiquem próximas da margem
de erro máxima da pesquisa, é nítido que Lula está com um eleitorado
cristalizado na faixa que vai de 25% a 30%, quando se observam os percentuais
obtidos pelo petista desde abril –mês em que o DataPoder360 começou a fazer
seus levantamentos mensais.
A pesquisa do DataPoder360 foi realizada por telefone (com ligações para
aparelhos fixos e celulares) de 12 a 14 de agosto. Foram feitas 2.088
entrevistas em 197 cidades. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para
mais ou para menos. Ou seja, um candidato com 25% está na faixa de 22% a 28%,
aproximadamente.
Em alguns cenários, o total dos percentuais pode não ser 100% por causa
do arredondamento dos resultados. Leia todos os estudos anteriores aqui.
BOLSONARO, DORIA E ALCKMIN
O deputado conservador pelo Rio de Janeiro pontua 18% e 25% quando Lula
está entre os pré-candidatos. De acordo com a pesquisa, se o petista sai da
disputa, Jair Bolsonaro fica estável com 25% a 27%, quando os adversários do
PSDB são João Doria, 59 anos, e Geraldo Alckmin, 64, respectivamente.
Quando o pré-candidato pelo PSDB é o prefeito de São Paulo, o líder
Bolsonaro tem 25%. Na sequência, forma-se uma escada entre os que estão em 2º
lugar, todos embolados na margem de erro da pesquisa. Mas o tucano Doria está
numericamente à frente, com 12%. Depois, Ciro Gomes (PDT), 59 anos, com 9%.
Marina Silva (Rede), 59, marca 6%. O lanterna é Fernando Haddad (PT), 54 anos,
com 5%.
No outro cenário, com o governador paulista sendo o pré-candidato
tucano, Bolsonaro vai a 27%. Já Alckmin registra 9% (3 pontos percentuais a
menos do que Doria, exatamente no limite da margem de erro). Ciro e Marina
ficam com 8% cada um. E Haddad marca só 3%.
BRANCOS, NULOS E INDECISOS
Nos cenários em que Lula é o pré-candidato petista, o percentual de
votos brancos, nulos e indecisos varia de 33%, na pesquisa com Geraldo Alckmin,
a 30%, com João Doria concorrendo pelo PSDB.
Sem Lula na disputa, esse percentual dispara. Nos dois cenários, o
resultado é praticamente o mesmo. Com Alckmin, 45% dos entrevistados votam
branco/nulo ou estão indecisos. Com Doria, são 44%.
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