A florado recentemente, o
conflito entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos da América tem permeado os
noticiários do mundo todo nos últimos meses. O professor de História Geral
Ricardo Gomes explica na aula do Projeto Educação desta segunda-feira (9) que a
origem do problema veio com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, com a
divisão do território da Coreia entre a União Soviética e os Estados Unidos. (Veja vídeo acima)
“O Japão, que havia conquistado toda a Coreia, é obrigado a
retirar suas tropas do país. Para isso, ficou acertado entre os Estados Unidos
da América e a União Soviética que cada um desses países ficaria responsável
pela desocupação de uma parte da Coreia. Ficou estabelecido que o Paralelo 38
seria essa divisão entre as duas Coreias. De forma que os Estados Unidos
ficaram responsáveis pela parte Sul e a União Soviética passaram a dominar a
parte Norte”, conta.
Ao fim da missão, as tropas japonesas foram retiradas, mas
a influência ideológica das duas potências durante esse período ficou enraizada
nas respectivas partes do país asiático. “De forma que a Coreia do Norte, por
causa da influência soviética, se tornou comunista e a Coreia do Sul, pela
influência dos Estados Unidos, se manteve capitalista”, completa o professor.
Apoiado pelo governo soviético, o controle da Coreia do
Norte foi entregue à Dinastia Kim. Porém, o país perde o aliado em 1991, quando
a União Soviética deixa de existir, com o fim da Guerra Fria.
“Cerca de dez anos depois, a partir dos anos 2000, começou
a haver uma discussão internacional e uma sugestão das potências ocidentais
para a possibilidade das duas Coreias se reunificarem, voltando a ser um só
país. Mas, o governo da Coreia do Norte, diante dessa possibilidade de perder a
chefia do país, achou que ter um arsenal bélico nuclear pudesse funcionar como
arma de barganha”.
Foi a partir desse momento que começou o projeto nuclear da
Coreia do Norte. Ainda segundo Ricardo Gomes, o problema recente é que o governo
norte-coreano anunciou que teria uma bomba nuclear intercontinental com
capacidade de atingir os Estados Unidos.
“Dessa maneira, o governo norte-americano se sente
profundamente incomodado a ponto de alegar que tem poder de destruir a Coreia
do Norte, caso continue insistindo nessa possibilidade, ameaçando, inclusive,
os aliados dos Estados Unidos na Ásia, o Japão e a Coreia do Sul”, finaliza.
Realizado em parceria entre o G1 e a TV Globo, o Projeto Educação chega, este ano, à 13ª edição. De segunda a sexta, um novo conteúdo especial por dia estará disponível no portal por meio de reportagens com temas que podem ser abordados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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