Se
depender do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), o jovem João Victor
Ribeiro de Oliveira Leal, de 25 anos – que matou três pessoas e deixou duas
gravemente feridas em acidente de trânsito na Tamarineira, na Zona Norte do
Recife, dia 26 – pode ter pena de mais de cem anos em vez dos 70 anos
indicados no inquérito da Polícia Civil. A promotora de Justiça Ana Maria Sampaio Barros de
Carvalho ofereceu denúncia crime contra ele, ontem, sustentando o indiciamento
por triplo homicídio e mudando a tipificação de dupla lesão corporal grave para
duas tentativas de homicídio.
A promotora ainda considerou “duas qualificadoras de ordem
objetivas, pois a prática delitiva resultou em perigo comum àqueles que
trafegavam naquelas vias públicas, motoristas, motociclistas, ciclistas e/ou
pedestres e impossibilidade de defesa das vítimas”. Consta na denúncia, ainda,
as agravantes do art. 61, inciso II, alínea “h”, por haver entre as vítimas
haver duas crianças e uma gestante. Cada homicídio e tentativa tem pena máxima
de 20 anos e ainda há os agravantes.
SEM HABILITAÇÃO: O
MPPE também se manifestou pela manutenção da prisão preventiva de João Victor e
requereu a suspensão de sua Carteira Nacional de Habilitação e declaração de
inabilitação para dirigir veículo, nos termos do artigo 92, inciso III do
Código Penal.
No
acidente, morreram Maria Emília Guimarães da Mota Silveira, 39 anos, seu filho Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de apenas 3 anos, e a babá Roseane Maria de
Brito Souza, 23. O marido de Emília, Miguel da Motta Silveira, 46, e a filha
Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5, continuam internados no Hospital Santa
Joana. Ele já está no quarto e vem se recuperando bem. Ela ainda está em estado
grave, na UTI pediátrica. João Victor estava alcoolizado e dirigia a 108 quilômetros
por hora no momento da colisão. (Via: JC Online)
Blog: O Povo com a Notícia