O TCE divulgou nesta quinta-feira
(07) um relatório sobre obras paralisadas/inacabadas em Pernambuco no ano de
2016 com base em dados fornecidos pelos seus próprios jurisdicionados (Governo
do Estado e Prefeituras). O diagnóstico foi apresentado pelo auditor de
controle externo, Pedro Teixeira e o chefe do Núcleo de Engenharia, Ayrton
Guedes Alcoforado.
De acordo com o Tribunal, existiam em Pernambuco no final do ano passado
1.547 obras paralisadas/inacabadas, cujos contratos totalizam R$ 6,2 bilhões,
dos quais cerca de R$ 2 bilhões já foram pagos às empresas que venceram as
licitações. “O Tribunal está empenhado na retomada dessas obras, pois elas
já consumiram muito dinheiro e não estão servindo à população”, declarou Ayrton
Guedes.
Para o presidente do TCE, conselheiro Carlos Porto, ao realizar esse
diagnóstico o Tribunal de Contas de Pernambuco prestou “notável serviço” à
população, pois com base nele irá pressionar os gestores públicos a concluírem
as obras sob sua responsabilidade, como já ocorreu com o Canal do Fragoso, em
Olinda. Esta obra tem como relatora a conselheira Teresa Duere, que já fez várias
reuniões com os seus responsáveis para cobrar deles mais empenho
visando à sua conclusão, dada a sua importância estratégica para os moradores
daquela cidade.
Porto citou como exemplo típico de “desperdício de dinheiro público” a
ponte ligando os bairros do Monteiro a Iputinga, de responsabilidade da
prefeitura do Recife. Ela foi iniciada em maio de 2012, na gestão do então
prefeito João da Costa, com valor estimado em R$ 53,4 milhões. Foram gastos na
obra R$ 16 milhões e ela está totalmente abandonada e sem previsão de ser
concluída. “Isso é fruto da falta de planejamento, com graves
consequências para o povo do Recife”, disse o presidente do TCE.
MAIORES OBRAS – De
acordo com o Núcleo de Engenharia, uma obra é considerada paralisada/inacabada,
dentre outros fatores, quando tem menos de 15% do seu valor pago em um único
exercício. As oito maiores são de responsabilidade do Governo do Estado ou da
Prefeitura do Recife, a saber: Dragagem do canal de acesso ao Porto de Suape
(R$ 279 milhões), Canal do Fragoso e Via Metropolitana Norte (R$ 206 milhões),
Implantação do BRT na BR-101 (R$ 216 milhões), Corredor Norte-Sul (R$ 187
milhões), Corredor Leste-Oeste (R$ 168 milhões), Ramal Cidade da Copa (R$ 163
milhões), Saneamento integrado do bairro do Cordeiro (R$ 122 milhões), Reforço
da Adutora do Oeste (R$ 114 milhões) e implantação da Hidrovia do rio
Capibaribe (R$ 101 milhões).
Outras obras de vulto que também se encontram inacabadas são a Ponte do
Monteiro (R$ 53,4 milhões), o Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (R$ 43
milhões), Urbanização do Cais do Porto do Recife (R$ 50 milhões), Dragagem do
rio Capibaribe (R$ 44 milhões) e Reforma do Hospital Barão de Lucena (R$ 36
milhões).
A íntegra do levantamento pode ser consultado clicando aqui ou
no site do
TCE.
Confira aqui os ofícios de resposta dos gestores relativos às obras.
Confira aqui um infográfico com as principais obras paralisadas.
Confira algumas fotos da coletiva clicando aqui.
Confira aqui os ofícios de resposta dos gestores relativos às obras.
Confira aqui um infográfico com as principais obras paralisadas.
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Blog: O Povo com a Notícia